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30/05/2022

Conheça os 10 bairros com metro quadrado mais caro do Rio (Valor Econômico)

Zona sul concentra vizinhanças mais caras, mas Barra da Tijuca e Recreio tiveram o maior crescimento no preço

A zona sul do Rio de Janeiro reúne os bairros com metro quadrado mais caro da cidade. O índice FipeZAP, que utiliza anúncios publicados nos portais da plataforma imobiliária ZAP+, aponta o Leblon como o bairro mais valorizado. Por lá, o metro quadrado é anunciado, em média, a R$ 21.618. Um apartamento de 100 metros quadrados negociado a R$ 2,16 milhões, por exemplo, estaria dentro dos parâmetros da região.

 

Em segundo lugar na capital fluminense está Ipanema, onde se cobra, em média, R$ 19.306 o metro quadrado. Em terceiro vem a Lagoa, a R$ 16.536.

As três regiões são mais caras do que a vizinhança com preço mais elevado de São Paulo, que, segundo o mesmo índice, é o Itaim Bibi, com o metro quadrado vendido a R$ 15.825.

Entre os dez bairros mais caros do Rio, apenas três não estão na zona sul. A Barra da Tijuca, na zona oeste, aparece em quinto lugar, com o metro quadrado negociado a R$ 11.548, enquanto o Recreio dos Bandeirantes, também na zona oeste, ocupa a nona posição (R$ 7.014). A Tijuca, na zona norte, fecha o ranking, com o metro quadrado a R$ 6.909.

 

Os bairros da zona oeste se destacam na variação de preço. Barra da Tijuca e Recreio tiveram um incremento de 10,9% e 9,6% no preço do metro quadrado nos últimos 12 meses, aumento muito maior do que o das outras regiões que compõem a lista do FipeZAP. O próprio Leblon, primeiro colocado, apresentou queda de 0,2% na valorização nesse período.

Ruas mais caras do Rio

 

A Loft Analytics, braço de estatística da plataforma imobiliária Loft, coletou dados de 64.3701 imóveis, da própria Loft e de outras fontes, para montar uma lista das dez ruas mais caras do Rio. Sem surpresas, todas ficam nos bairros do Leblon e Ipanema. A mais cara é a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, via à beira-mar com preço médio de R$ 42.376 para o metro quadrado. Segundo a Loft, o tamanho médio de um imóvel por ali é de 182 metros quadrados, o que levaria a um valor de venda de R$ 7,7 milhões.

É nessa avenida que a Gafisa lançou, no ano passado, o empreendimento Tom Delfim Moreira, que ficou famoso por ser vendido a R$ 100 mil o metro quadrado.

 

 

Preço de locação

 

A lista dos dez bairros mais valorizados para locação tem a mesma sequência de regiões e aponta crescimento maior no preço do metro quadrado na Barra da Tijuca e no Recreio, com 22,3% e 15,1% de aumento, respectivamente.

Para Danilo Igliori, vice-presidente e economista chefe da OLX Brasil, a região da Barra teve uma recuperação de preço durante a pandemia. Ele explica que, por ter mais terra disponível, ao contrário da zona sul, já muito verticalizada e limitada geograficamente, esses bairros cresceram nas últimas décadas. Porém, tiveram uma queda na procura e no preço entre 2014 e 2020, quando o mercado imobiliário entrou em crise junto com a economia do país.

 

“Toda a região da grande Barra, que inclui também Jacarepaguá e Recreio, perdeu demanda, mas, com a pandemia, teve aumento do interesse, as pessoas começaram a procurar apartamentos e casas maiores, e a Barra se apresenta como alternativa interessante para isso”, diz.

 

Agora, a tendência é que a zona sul se valorize mais ainda, mas muitos dos moradores que foram para a Barra devem continuar na região.

Fora do ranking dos bairros mais caros, Igliori ressalta que o centro do Rio tem potencial de crescimento nos próximos anos e está ganhando novos projetos habitacionais. O plano Reviver Centro, da prefeitura da cidade, incentiva esse movimento.

 

“A escassez de terra é enorme nas regiões mais centrais, e aí temos o centro do Rio, muito provido de infraestrutura, metrô, saneamento, além de escritórios que podem ser convertidos em imóveis residenciais”, afirma. A Cury é uma das empresas que já lançou empreendimentos na região, como o Vargas 1140 e as torres do Rio Energy e Rio Wonder, o último com a primeira fase totalmente vendida.

 

Fábio Takahashi, gerente de dados e conteúdo da Loft, afirma que as transações no bairro da Tijuca cresceram 150% entre janeiro e fevereiro deste ano, e que as vendas na região central da cidade dobraram no mesmo período.

Ele destaca ainda que, como um todo, a oferta de apartamentos no Rio cresceu seis vezes em um ano na Loft, e a empresa quer triplicar o volume de transações na cidade, na comparação com 2021.

A plataforma também levantou os dez bairros com o maior preço de condomínio por metro quadrado. O topo do ranking é ocupado pelos bairros mais valorizados da cidade, com Leblon, Ipanema e Lagoa na liderança. 

 

Matéria publicada em 29/05/2022 

FONTE: VALOR ECONôMICO