Apesar de todos os obstáculos enfrentados com a pandemia da Covid-19, dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério da Economia, mostram que a criação de empregos na construção civil foi 264% maior no primeiro trimestre em comparação com igual período do ano passado.
Segundo o estudo, no mês passado foram gerados 25.020 novos empregos com carteira assinada, ante a perda de 18.124 postos em março de 2020. Em fevereiro, 43.469 vagas contra as 25.622 registradas em igual intervalo do ano passado. Já em janeiro, ocorreram 43.498 admissões, volume superior aos 34.594 postos criados em igual mês de 2020. No acumulado, foram 111.987 novos empregos no setor no primeiro trimestre de 2021, contra as 42.092 contratações apontadas no intervalo anterior.
Para Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadas Imobiliárias), o saldo positivo aponta para a importância do setor no processo de retomada econômica do país. "Temos milhares de postos de trabalho sendo criados continuamente na área, mês a mês, o que demostra que a geração de empregos na construção civil contribuiu para o enfrentamento do desemprego e para o crescimento do Brasil", avalia França.
Otimismo na indústria de Materiais de Construção
Pesquisa realizada com as lideranças do setor de Materiais de Construção indica que as empresas associadas à Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) mantêm um ligeiro otimismo em relação aos resultados de abril. Para 44% dos associados, o mês apresentará resultado bom e 16% apontam o período como muito bom. Já para maio, a expectativa por bons resultados apresentou crescimento, com 52% dos associados estimando resultado bom, 12% muito bom e apenas 4% ruim. A última pesquisa divulgada pela Abramat também apresenta os dados de março, indicando que o mês foi de bons resultados. O estudo aponta que 36% das empresas consideraram o terceiro mês do ano muito bom, 40% bom, e 20% regular. "O panorama ainda é muito incerto e é necessário agir com cautela nesse contexto em que a indústria de materiais de construção vive um momento importante de retomada da recuperação iniciada em 2018, com aumento de produção e investimentos, principalmente neste primeiro trimestre, buscando maior produtividade e modernização”, comenta Rodrigo Navarro, presidente da associação.