O Credit Suisse afirmou, em relatório, que acredita que os próximos meses serão de notícias positivas para as construtoras brasileiras. “Esperamos que outubro e novembro sejam marcados por fortes números operacionais e por melhoria dos resultados”, disse o banco, que destaca as empresas Cyrela, EZTec, Even e Moura Dubeux.
De acordo com o Credit, as vendas líquidas devem ficar acima dos níveis pré-covid (40% acima do primeiro trimestre deste ano) impulsionadas por taxas de financiamento imobiliário historicamente baixas e pela abundância de crédito, sendo um dos melhores trimestres para o segmento.
“O lucro deve refletir parte disso com a aceleração da receita e diluição das despesas, abrindo espaço para uma revisão de consenso”, diz o relatório, assinado por Vanessa Quiroga e Daniel Gasparete.
Embora acredite que todo o setor de construção voltado para a classe média deva se sair bem no trimestre, o banco prefere as ações com maior liquidez e atreladas a maior qualidade, como Cyrela e EZTec.
“Acreditamos que a Cyrela deve ser o nome de melhor desempenho impulsionado por um desempenho operacional impressionante (vendas líquidas, provavelmente, tão altas quanto no quarto trimestre de 2019), fortes números financeiros e desconto no valor na ação”, diz o banco.
O que poderia dar errado? Segundo o Credit, embora os analistas estejam menos preocupados com mudanças nas condições dos financiamentos de curto prazo (taxa Selic deve permanecer em um dígito baixo até o final de 2022), o banco acredita que uma deterioração no cenário fiscal poderia adicionar mais pressão sobre as taxas de longo prazo e pesar sobre os investidores.
Na B3, as ações da Moura Dubeux estão em alta de 3,17%, a R$ 10,09, os papéis da Cyrela sobem 3,35% a R$ 24,35, a EZTec avança 2% para R$ 36,07 e a Even valoriza 2,16%, negociada a R$ 11,85