Investidores têm tido clara preferência por construtoras e/ou incorporadoras do segmento de baixa renda, já que os ajustes do programa “Casa Verde e Amarela” podem potencialmente aumentar as margens das empresas e disparar os preços das ações, avalia o Credit Suisse.
Os analistas Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga dizem não sentir ainda um aumento de apetite pelo setor, apesar das dúvidas sobre se as avaliações em relação a ações estão possivelmente próximas das mínimas.
As empresas, segundo eles, seguem cautelosas, reforçando que os lançamentos vão depender do desempenho das vendas.
“Embora a velocidade de vendas esteja se deteriorando, ainda não houve um prejuízo significativo no desempenho”, destacam, acrescentando que o cenário macroeconômico e a dinâmica do setor apontam para períodos mais desafiadores à frente.
Eles apontam que, entre as empresas do setor cobertas pelo banco, Eztec e Cyrela são as mais líquidas e as que o mercado enxerga com pessimismo, potencialmente refletindo um maior ceticismo com o segmento de média renda e com o de baixa renda podendo ser impactado por revisões no programa “Casa Verde e Amarela”.
“As estimativas do mercado para as construtoras continuaram caindo. Nossas projeções de lucro líquido permanecem 17% abaixo do consenso e vemos espaço para novas revisões para baixo daqui para frente”, reforçam.
O Credit tem recomendação neutra para Eztec e Cyrela, com preços-alvo de R$ 24 e 25, respectivamente.
Matéria publicada 4m 08/07/2022