Daniella Marques, presidente da Caixa, informou que a contratação de financiamento habitacional no banco, por meio do programa Casa Verde e Amarela, foi de R$ 7,2 bilhões em agosto, valor 45,6% maior do que o registrado em igual mês do ano passado.
O valor também é 36% superior ao apresentado em julho, destacou hoje em evento virtual da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Segundo a executiva, o crescimento é fruto das mudanças adotadas pelo programa para garantir que as famílias possam acessar a política habitacional. Ela citou como exemplo a ampliação das faixas de renda. A alteração mais recente, que aumenta de 30 para 35 anos o prazo máximo de financiamento no programa, só começou a valer no início deste mês.
José Carlos Martins, presidente da Cbic, pontuou que, se esse ritmo de crescimento se mantiver, ultrapassará o orçamento para o programa no ano. Entretanto, a presidente da Caixa afirmou que é preciso esperar os dados de setembro para saber se houve realmente uma mudança de patamar nas contratações ou se a alta se deveu à demanda reprimida.
“Tínhamos feito estimativas em cima de originação, e, com esse conjunto de mudanças, poderíamos estimar 20% de crescimento no segundo semestre em relação ao primeiro. Mas, esse número de agosto nos diz que podemos mudar de patamar", afirmou.
O financiamento habitacional para a pessoa física somou R$ 5,8 bilhões em agosto.
Marques afirmou ainda que a Caixa tem feito mudanças para melhorar a experiência do cliente com a instituição, tornando-a mais ágil e digital e reduzindo burocracias. Isso é necessário para impedir que o cliente do financiamento imobiliário opte por contratar outros serviços em outros bancos.
“O que os dados nos dizem é que o cidadão faz o financiamento aqui e o seguro em outra casa, quero entender em que momento perdemos ele”, disse. Marques afirmou que a Caixa precisa “deixar de ser um banco de produto e ser um banco de cliente”.
Matéria publicada em 08/09/2022