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12/08/2016

Crédito alcança 51,9% do PIB, diz Anefac

á no acumulado dos sete primeiros meses houve alta de 1,7%.

- O volume de crédito no Brasil aumentou 248,8% entre junho de 2006 e junho de 2016, passando de R$ 897,5 bilhões para R$ 3,13 trilhões. Em junho de 2006, os empréstimos eram equivalentes a 32,4% do PIB e, em junho último, o percentual subiu para 51,9%.

Os dados são da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A pesquisa da associação mostra que, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o crédito mostrou um avanço de 19,5 pontos percentuais nesse período de avaliação.

As operações com recursos livres (disponível nos bancos) atingiram R$ 1.569,4 bilhões em junho último, ante R$ 447,2 bilhões, em junho de 2006, uma alta de 250,9%. Para as pessoas físicas, o volume passou de R$ 214,2 bilhões para R$ 799,6 bilhões, com crescimento de 273,3%, e, no caso das empresas, de R$ 232,9 bilhões para R$ 769,8 bilhões, um aumento de 230,5%. Também houve ampliação na média dos prazos de pagamento nesses últimos dez anos, de 9 meses para 37,9 meses.

O diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, observou uma piora recente no desempenho da economia do País levou a um aumento no custo do dinheiro, na inadimplência e na redução dos prazos para a quitação.

Nesse período, entre junho de 2006 e junho deste ano, as taxas de juros das operações de crédito com recursos livres subiram nove pontos percentuais (de 43,2% para 52,2% ao ano), sendo que para as pessoas físicas houve um avanço de 15,6 pontos percentuais (de 55,8% para 71,4%).

Indicadores recentes - A busca por crédito no País diminuiu 6,8% em julho último, na comparação com julho de 2015, e 5,3% sobre junho último, diz pesquisa do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Já no acumulado dos sete primeiros meses houve alta de 1,7%.

A pesquisa da Serasa indica que o recuo no movimento em busca por crédito foi mais expressivo na faixa de renda até R$ 500 mensais (-6,7%). Entre os que recebem, mensalmente, de R$ 500 a R$ 1 mil , houve uma baixa de 5,3%.

Para os que ganham entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais, a procura diminuiu 5,1%, o mesmo percentual de queda observada nos ganhos entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês.

Em outro índice divulgado ontem, o indicador de recuperação de crédito elaborado pela Boa Vista SCPC teve queda de 4,8% em julho em relação ao mês anterior, descontando os efeitos sazonais. Nos valores acumulados em 12 meses, o índice obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes apresentou redução de 0,2% em julho. O resultado segundo a Boa Vista representa a primeira redução após dois meses de alta (1,4% em maio e 0,3% em junho, em relação aos 12 meses anteriores). 

FONTE: DCI