Pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégica registrou a queda de 2 pontos percentuais (de 33% para 31%) na pretensão de compra de imóveis entre setembro e novembro deste ano. Contudo, a demanda por moradia se mantém elevada, alavancada por brasileiros que buscam sair do aluguel. De acordo com 50% dos entrevistados em 34 municípios, o cenário pode se manter estável em 2023, principalmente se acompanhado de oferta facilitada de crédito.
“Apesar da intenção de compra ter caído 2p.p., mais de 30% dos entrevistados pretendem adquirir imóvel nos próximos 12 meses”, ressaltou o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci.
O aumento da renda mensal familiar também é um dos fatores decisivos para concretização do negócio, afirmam 49% dos entrevistados. A população se diz otimista para os próximos anos. Para 61% desse público, o fluxo de renda deverá ser maior, e 66% acreditam que conseguirão economizar mais recursos.
A Brain Inteligência Estratégica também ouviu 290 construtores, incorporadores e loteadores. Para os players do setor, não há grandes expectativas de avanço da economia brasileira, porém, são mais otimistas em relação ao mercado, ainda mais quando se trata da própria empresa. Segundo o levantamento, 66% dos empresários entrevistados acreditam que 2023 será bom ou excelente. “Os dados demonstram a resiliência das nossas empresas à economia do país”, afirmou Petrucci.
Conforme o estudo, o setor espera um maior uso de recursos do FGTS nos próximos anos, assim como um incremento da participação de mercado dos imóveis de padrão econômico com a expectativa de retomada do programa Minha Casa, Minha Vida.
O tema tem interface com o projeto “Melhorias no Mercado Imobiliário” da CHIS e CII da CBIC, com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Matéria publicada em 26/12/2022