O crédito imobiliário com recursos da poupança movimentou R$ 10,82 bilhões em julho, com alta de 61,5% em relação ao mesmo mês do ano passado e expansão de 16,7% frente ao mês imediatamente anterior, segundo a Abecip, associação das instituições que oferecem essa modalidade de crédito. Trata-se do maior resultado para um mês de julho desde 2013 e o segundo melhor na série história pós plano Real.
No acumulado de 12 meses (agosto de 2019 a julho de 2020), os empréstimos para aquisição e construção de imóveis somaram R$ 92,45 bilhões, com alta de 36,8% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.
Foram financiados 36,8 mil imóveis em julho, o que representa alta de 47,8% na comparação anual e crescimento de 11,1% na comparação mensal.
A Caixa se manteve na liderança do setor, com R$ 5,528 bilhões financiados nas modalidades construção e aquisição em julho. O Bradesco ficou em segundo lugar, com R$ 1,972 bilhão, e o Itaú Unibanco apareceu em terceiro, com R$ 1,748 bilhão.
A Abecip aponta que a poupança captada pelos agentes financeiros do SBPE registrou desempenho expressivo em julho, com captação líquida de R$ 22,4 bilhões – a mais elevada para um mês de julho da série histórica iniciada em julho de 1994 e a terceira maior da história.
“Um conjunto de fatores parece contribuir positivamente para esse desempenho, como a redução do consumo devido ao isolamento social, maior preocupação financeira das famílias com o futuro próximo, queda da rentabilidade das demais aplicações de renda fixa e volatilidade expressiva no mercado de renda variável”, afirma a entidade.
Além disso, o pagamento do auxílio emergencial, disponibilizado em contas de poupança, também deve ter algum impacto na captação, pois, em muitos casos, as famílias usam as cadernetas como se fossem contas correntes.