A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) divulgou dados que preveem queda no crédito imobiliário do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para 2022.
Em 2021, o volume chegou ao total de R$ 205,4 bilhões. Para 2022, a expectativa é alcançar a casa dos R$ 195 bilhões — o que representa uma queda de 5% no crédito imobiliário.
Por outro lado, os financiamentos e transações que dependem do FGTS para serem realizados — que somaram R$ 49 bilhões somente em 2021 — ganharam expectativas positivas para o ano: os cálculos apontam crescimento de 30%, totalizando R$ 64 bilhões.
Ao todo, ou seja, ao somar as projeções acerca do desempenho dos financiamentos do SBPE e do FGTS, a estimativa é de expansão de 2% no volume de crédito habitacional em 2022, em comparação com o ano passado.
Nos últimos números, calculados para 2021, em relação a 2020, a expansão foi de 35% para a construção de imóveis e de 75% para a aquisição de imóveis. Os recursos totais do ano totalizaram R$ 40 bilhões das Cadernetas de Poupança em relação às edificações e R$ 164,8 bilhões do SBPE, sendo R$ 110,3 bilhões para unidades usadas e R$ 54,5 bilhões para novas.
Vale ressaltar que, também em 2021, os números de financiamentos através da Poupança e do FGTS são diferentes. Os recursos da Poupança custearam a construção e aquisição de 866 mil unidades — crescimento de 103% em relação a 2020 —, ao passo que os recursos do FGTS financiaram 367 mil unidades — declínio de 9% em relação ao ano anterior.
Ao somar os investimentos de ambas as entidades (FGTS e SBPE), o total financiado chega a R$ 255 bilhões em 2021 — um recorde de financiamentos até então.
De forma geral, no último ano, a captação líquida das cadernetas foi negativa de R$ 35 bilhões. Esses números refletem uma realidade que necessita de recursos como estes com maior afinco, para complementar o orçamento doméstico em um ano marcado pelas condições adversas, de acordo com a Abecip.
Partindo da estatística que aponta saldo da poupança de R$ 790 bilhões e recuo nominal de 1,4% em relação a 2020, a entidade manifestou que, com as regras de remuneração das cadernetas, espera reação positiva para a poupança do SBPE em 2022.