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18/08/2018

Cresce número de imóveis financiados pela Caixa que vão a leilão

Nos últimos dois anos, cresceu o número de imóveis financiados pela caixa econômica federal que foram a leilão. São casos em que os mutuários não conseguiram pagar as parcelas

Nos últimos dois anos, cresceu o número de imóveis financiados pela caixa econômica federal que foram a leilão. São casos em que os mutuários não conseguiram pagar as parcelas.

Em um leilão, foram oferecidos 183 imóveis na capital paulista, região metropolitana e interior de São Paulo. O mais barato teve lance inicial de R$ 75 mil; o mais caro, R$ 635 mil.

Quem foi até a empresa de leilões disputou o imóvel com lances dados pela internet por outros interessados que se cadastraram previamente no site da empresa.

O que atrai os compradores é o preço do imóvel, que costuma ser menor do que o valor praticado pelo mercado. Por isso, para muita gente, o leilão pode ser a oportunidade de comprar a casa própria.

“Muito bom. Uma oportunidade de adquirir um imóvel para nós que, no preço normal lá fora, é mais caro, aqui é melhor”, diz o motorista Moisés de Oliveira.

De 2015 para 2017 o número de imóveis financiados pela Caixa Econômica, e que foram leiloados, cresceu 150%. Passou de quatro mil para dez mil. Só em 2018, seis mil imóveis foram a leilão porque os donos não conseguiram pagar o financiamento da Caixa.

Um casal acabou de comprar o segundo imóvel. Arrematou por R$ 264 mil. Mas o valor de mercado...

“R$ 500 a R$ 600 mil. Achamos o preço bom, satisfatório, e resolvemos comprar. Não foi nada programado não”, conta o engenheiro químico Jean França.

A cada compra, é preciso pagar 5% do valor do lance vencedor para o leiloeiro. Dependendo do leilão, o pagamento do imóvel pode ser feito à vista, parcelado ou financiado.

Especialistas recomendam que os interessados chequem antes se o imóvel tem dívidas, se o antigo dono está tentando reaver o bem na Justiça e que deem preferência a imóveis desocupados. Caso contrário, a responsabilidade para retirar os moradores é do comprador.

“A gente recomenda que todo mundo que participa de um leilão e que está arrematando um imóvel ocupado, que tenha o conselho de um advogado. Porque envolve cartório, envolve desocupação, então um advogado por perto é sempre muito recomendável”, explica André Zukerman, diretor da empresa de leilões.

Foi num leilão que um casal conseguiu comprar uma casa confortável com piscina, num condomínio na região metropolitana de São Paulo. Eles viram no imóvel uma oportunidade abaixo da metade do preço. Agora vão deixar a capital paulista.

“Eu que queria comprar alguma coisa modesta para reformar e vender, acabei me apaixonando pelo imóvel”, diz o arquiteto Roberto Candusso.

FONTE: G1