O setor imobiliário se manteve aquecido no último ano, apesar dos impactos econômicos da pandemia, segundo dados obtidos pelo DataZAP+. Para entender melhor a movimentação do mercado na cidade de São Paulo, a área de inteligência da empresa realizou um estudo sobre demanda e valorização do metro quadrado entre apartamentos de requintados e populares, de junho de 2020 a junho de 2021. Em relação à demanda, a pesquisa indicou que houve aumento na participação dos apartamentos de luxo de 3,21%, enquanto para os econômicos, o aumento foi de 2,07%.
O levantamento também demonstrou que o preço do metro quadrado ficou mais caro para os dois segmentos. A variação foi de 6,23% nos imóveis mais sofisticados, chegando ao valor de R$13.607,12, enquanto para os apartamentos populares, a variação foi de 6,25% e o preço médio chegou a R$4.687,50.
Segundo Edivaldo Constantino, economista da Data ZAP, a Selic em um dígito, as taxas de juros imobiliários em patamares baixos e o aumento do volume de crédito serviram de alavanca para o aquecimento do mercado imobiliário. “Para quem pode pagar, as restrições de contato social e de viagens incentivaram a procura por moradias mais sofisticadas”, diz. Para essa pesquisa, o DataZAP+ classificou como “imóveis de luxo” aqueles acima de dois milhões de reais, enquanto os considerados populares estão na categoria de apartamentos de dois ou três dormitórios com valor de até 240 mil reais.