O presidente da PDG Realty, Augusto Reis, afirmou nesta terça-feira que a crise decorrente da pandemia do coronavírus coloca a companhia em situação de “bastante incerteza”, mas ponderou que a condição de caixa atual da empresa possibilita “um pouco mais de certeza para qualquer ajuste de rota que venha a ser necessário”.
“Acreditamos que conseguiremos passar pelo atual cenário de maneira não tranquila, mas controlada”, disse o presidente em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do quarto trimestre de 2019, quando o prejuízo da empresa cresceu 2,2 vezes. Segundo ele, a prioridade da incorporadora, no momento, é manter a atividade operacional, “sem esquecer a preocupação com o caixa”.
“A PDG continua buscando aumento de produtividade”, afirmou.
De acordo com Reis, a companhia optou por segurar o início das operações da empresa de prestação de serviços no cenário atual. “Tão logo o momento atual seja superado, colocaremos essa empresa no ar”, disse.
Segundo o executivo, não houve grande alteração na estrutura operacional da PDG em decorrência da saída do ex-presidente Vladimir Ranevsky, no início do ano.
Questionado sobre quando a PDG irá encerrar sua recuperação judicial - o prazo terminou no fim de 2019 -, Reis afirmou que ainda há alguns pontos que precisam ser resolvidos. “Ainda não há prazo para conclusão da recuperação judicial”, disse.
O executivo afirmou também que a assembleia geral ordinária (AGO) de acionistas da companhia, prevista para o dia 30 de abril, está mantida. “Não vemos nenhuma necessidade, por enquanto, de postergação”, disse.