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04/05/2020

Crise obriga empresários a serem mais eficientes, diz Elie Horn

"O mal é um bem disfarçado. No fim, vai ficar bom para nós”, disse o fundador da Cyrela em live Foto: (ReproduçãoTV Cultura)

O fundador da Cyrela e presidente do conselho de administração da companhia, Elie Horn, afirmou hoje que a crise está ensinando os empresários a serem mais eficientes. “A crise nos obriga a ir mais depressa nas inovações. O mal é um bem disfarçado. No fim, vai ficar bom para nós”, afirmou, em live da XP Investimentos.

 

Na avaliação de Horn, após a crise decorrente da pandemia de covid-19, as obras vão ser mais eficientes e a comercialização de imóveis vai melhorar devido às vendas on-line.

Segundo o fundador da Cyrela, “o empresário inteligente tem de saber o que fazer para resolver os problemas em uma crise”. “A luta faz parte do nosso negócio”, afirmou. Horn comparou que, na crise de 2008, a companhia “parou tudo”, por não saber o que fazer e pela possibilidade de “o mundo quebrar”.

De acordo com o empresário, “Deus mandou para a Cyrela muitos dons e muitos presentes”. “Precisamos ser inteligentes e saber o que fazer com esses dons, fazer filantropia com eles”, disse o empresário, conhecido por ser um grande doador.

“Nesta crise, estamos em quarentena. Temos de saber o que fazer quando o mundo voltar”, disse o fundador da Cyrela. É necessário, segundo ele, “aprender a doar sempre e não só em crises”. “Doar é um bom investimento tanto material quanto espiritual.”

Horn afirma que, se Deus existe, cria as pessoas por alguma razão. “Se você é inteligente para ganhar dinheiro, precisa fazer sua parte em termos sociais, senão ficamos pobres para a eternidade. Faz bem para o coração e para a alma fazer o bem. Temos de doar, queira ou não queira”, disse. Segundo ele, a meta do Movimento Bem Maior, do qual é um dos fundadores, é que a parcela de doação, no país, dobre em relação à fatia de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Questionado sobre sua opinião em relação ao isolamento social, Horn respondeu: “E eu sou médico, por acaso?”. “Estou em casa, passando a quarentena, logo vou estar na ‘quinquegena’ e ‘sextegena”, disse o empresário.

Em momento posterior da transmissão ao vivo, porém, o fundador da Cyrela afirmou ser favorável à abertura. “Sou a favor da abertura, senão o mundo morre, e o mundo morto não vale nada.”

Ele acrescentou que os empresários têm obrigação moral de cuidar de seus funcionários, oferecendo não só salários, mas também benefícios. 

FONTE: VALOR ECONôMICO