Curitiba é a cidade brasileira com maior demanda não atendida de imóveis qualificados como “econômicos”. A capital do Paraná está à frente de municípios como Fortaleza (CE) e São Paulo (SP), de acordo com o Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil.
O estudo, desenvolvido pelo Sienge, pelo CV CRM e pelo Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostra que Curitiba apresenta o maior potencial para as incorporadoras especializadas no desenvolvimento de imóveis voltados para famílias com renda mensal de R$ 2 mil a R$ 12 mil em todo o País.
“Este segmento era muito pouco atendido em Curitiba por dois motivos: o Minha Casa, Minha Vida tinha um valor muito baixo para atender a demanda”, analisa Ilso José Gonçalves, diretor do Secovi-PR. “O preço do terreno e o potencial construtivo de Curitiba tornava o preço de venda era muito parecido com o de custo. Ou seja, era pouco lucrativo”, enumera.
A visão de Gonçalves é refletida no estudo. “Curitiba tem uma baixa produção de imóveis econômicos. A dinâmica econômica local é voltada para valores mais altos”, afirma Gabriela Torres, Gerente de Inteligência Estratégica do Sienge. “No entanto, o que é lançado lá é absorvido pelo mercado. O problema é que são poucos lançamentos para uma região que absorve tanto”.
Assim, os potenciais clientes do segmento encontravam valores menores na região metropolitana, principalmente em São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Pinhais e Almirante Tamandaré, explica Gonçalves.
As 10 cidades com maior demanda por imóveis econômicos:
Com abrangência nacional, o estudo inédito analisa a atratividade de 61 cidades brasileiras para imóveis de padrões econômico, médio e alto, com base em indicadores oficiais e dados não autodeclarados e anonimizados de transações reais.
A proposta do IDI é trazer dados estratégicos para decisões mais assertivas de incorporadoras e construtoras que atuam no setor.
Calculado a partir de um modelo matemático, o IDI utiliza dados do IBGE, Receita Federal, CAGED e portais de venda da internet para avaliar a atratividade das cidades brasileiras.
O estudo o potencial destas regiões para novos projetos imobiliários a partir de critérios como número potencial de compradores a partir do tamanho do mercado consumidor, capacidade do município de gerar demanda e fortalecer a economia local, concorrência e saturação do mercado, desempenho de lançamentos nos últimos 12 meses e procura ativa por imóveis nas cidades a partir de buscas em portais.