Notícias

12/07/2022

Cury tem trimestre recorde em vendas e de lançamentos (Valor Econômico)

Incorporadora analisa que mudanças no Casa Verde e Amarela vão ajudar a manter ritmo forte nos próximos três meses

Por Ana Luiza Tieghi 

 

A incorporadora Cury, com atuação focada no segmento econômico, fez sete lançamentos no segundo trimestre deste ano, que equivalem a um valor geral de venda (VGV) de R$ 1,056 bilhão, valor recorde para um trimestre na empresa e 54% superior ao registrado no mesmo período de 2021, mostrou sua prévia operacional, divulgada nesta segunda-feira (11). Foram sete empreendimentos lançados em São Paulo e dois no Rio de Janeiro.

No semestre, a empresa lançou 12 projetos, sendo oito na capital paulista e quatro no Rio, com VGV de R$ 1,837 bilhão, valor 44% maior do que nos primeiros seis meses do ano passado.

As vendas líquidas somaram R$ 897,5 milhões no segundo trimestre, aumento de 30% ante o mesmo período de 2021, e outro recorde para a empresa. Até agora, o acumulado de vendas está em R$ 1,64 bilhão, alta de 30% ante a primeira metade do ano anterior.

A velocidade de comercialização, medida pelo índice de venda sobre oferta (VSO), ficou em 41,6% no segundo trimestre, resultado estável ante o período imediatamente anterior, quando registrou 41,4%. Ainda que uma marca elevada, é uma retração de 5,2 pontos percentuais sobre a VSO registrada no segundo trimestre de 2021.

Como explicam Ronaldo Cury, diretor de relação com os investidores, e Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da incorporadora, a companhia já tinha o objetivo de manter lançamentos fortes no primeiro semestre, para poder evitar lançar no período eleitoral, caso necessário. Há uma expectativa de chegar a pelo menos R$ 3 bilhões em lançamentos no ano.

Além da VSO estável, mesmo com a ampliação do número de lançamentos, as mudanças recentes no programa Casa Verde e Amarela e na linha de financiamento Pró-Cotista, anunciadas na última quinta-feira (7), dão ânimo para a empresa lançar mais no terceiro trimestre, diz Mesquita.

Atualmente, 70% da produção da Cury se encaixa no programa habitacional, que teve as faixas de renda redistribuídas e com o limite elevado de R$ 7 mil para R$ 8 mil mensais. Dos 30% restantes, boa parte se adequa ao financiamento Pró-Cotista, que teve a taxa de juros reduzida de 8,66% ao ano para 7,66%, até dezembro, para imóveis até R$ 350 mil.

Outras duas mudanças, que constam na MP 1107, ainda são esperadas pelo mercado imobiliário: a ampliação do prazo máximo para financiamento com recursos do FGTS de 30 para 35 anos e a permissão para que a contribuição mensal ao fundo de garantia, de 8% do salário, seja incorporada à renda que entra no cálculo do financiamento, para ampliar a capacidade de compra do consumidor. A MP deve passar pelo Senado nos próximos dias.

O preço médio da unidade lançada pela Cury no segundo trimestre foi de R$ 297,7 mil, alta de 40,8% sobre o mesmo trimestre do ano passado.

“O remédio que temos usado para combater a inflação é o aumento de preços, estamos conseguindo ganhar da inflação, mas tem sido o grande desafio do momento”, afirma Ronaldo Cury.

A incorporadora fechou o trimestre com R$ 80 milhões de geração de caixa, aumento de 11,6% sobre o valor gerado no mesmo trimestre de 2021. No semestre, a soma é de R$ R$ 97,5 milhões.

Matéria publicada em 12/07/2022

FONTE: VALOR ECONôMICO