A construtora e incorporadora Cury pretende utilizar os recursos de sua oferta primária de ações para aquisição de terrenos. A empresa, da qual 48,2% do capital social pertence à Cyrela, protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro de oferta pública de ações na sexta-feira passada.
A companhia atua com imóveis enquadrados no programa federal Minha Casa, Minha Vida, especialmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e na região de Campinas. As unidades são comercializadas com o modelo de “venda definitiva”, em que a operação é registrada somente quando o cliente obtém financiamento bancário. Em 2019, a empresa, segundo o prospecto, registrou um índice de vendas sobre o total ofertado de 64,80%.
Em relatório de junho de 2019, o Itaú BBA calculava um valor de mercado implícito para a Cury de R$ 1,3 bilhão a R$ 1,6 bilhão.
A oferta inicial de ações da Cury será feita em oferta primária e secundária, mas ainda não há informações de ações ofertadas em nenhuma das modalidades da operação. Na oferta secundária, cujos recursos serão destinados aos ofertantes, os acionistas vendedores são a Cyrela e os sócios da Cury: Fabio Elias Cury, Paulo Sergio Beyruti Curi, Leonardo Mesquita da Cruz e Ronaldo Cury de Capua.
A coordenação da oferta é feita pelos bancos BTG Pactual, Itaú BBA, Bank of America e Caixa.
O cronograma da oferta também não foi apresentado ainda no prospecto preliminar.