O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), principal índice utilizado para reajuste de financiamentos imobiliários, perdeu força e subiu 0,95% em abril, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (27), pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Em março, o índice saltou 2%.
Com a nova variação positiva, o custo da construção acumula alta de 5,03% no primeiro quadrimestre de 2021 e de 12,82% nos últimos 12 meses.
Significa dizer que quem comprou um apartamento na planta em abril de 2020 teve o saldo devedor reajustado em quase 13% agora. Vale ressaltar que, nesses 12 meses, o tomador de crédito pagou parcelas e parte da dívida com o banco.
Quando o comprador financia um imóvel na planta, não apenas compra mas também financia a construção desse empreendimento. Essa construção está sujeita à variação do custo dos materiais utilizados e, por isso, o INCC é usado para reajustar o saldo devedor durante essa fase.
A principal influência de abril partiu do índice relativo a materiais, equipamentos e serviços, cuja alta registrada foi de 2,17%, contra 4,44% de março. Todos os grupos do segmento apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 5,7% para 2,25%.
A alta nos preços dos serviços para a construção passou de 0,69% em março para 0,52% em abril. Neste grupo, vale destacar o recuo da taxa dos aluguéis de máquinas e equipamentos, que passou de 1,31% para 1,03%. Já a taxa de variação referente ao índice da mão-de-obra, por sua vez, passou de 0,28% em março para 0,01% em abril.
