A Cyrela (CYRE3) fechou compromisso com a HBR Realty (HBRE3) para a venda de unidades autônomas não residenciais e fachadas ativas na cidade de São Paulo, onde serão desenvolvidos empreendimentos de uso misto (residencial e comercial). Os dados constam em fato relevante divulgado no fim da noite da quinta-feira (23). A venda dos imóveis da Cyrela saiu por R$ 284,7 milhões, com pagamento previsto da seguinte forma: sinal correspondente a 10% do total em até 30 dias; parcelas iguais, mensais e sucessivas, devidas até a expedição do Habite-se dos empreendimentos; e o restante do valor devido em parcela única, em até 15 dias contados da data de expedição do Habite-se.
A HBR (que tem a Dynamo como sócia) deu largada neste ano a um ciclo de aquisições de centros de conveniência para acelerar o crescimento do seu portfólio.
A companhia tem uma divisão chamada ComVem, focada na operação de centros de conveniência – um mercado pouco explorado de forma organizada no Brasil e que a empresa pretende ocupar.
Os tais centros ficam em locais movimentados, como térreo, fachada ou calçadas de prédios de escritórios, hotéis e grandes residenciais, mas também há ativos solos.
A HBR estreou na Bolsa em 2021 por meio de uma oferta inicial de ações que levantou R$ 800 milhões, dos quais 60% vão para novos projetos e aquisições de centros de conveniência.
Lucro da Cyrela caiu 83,1%, para R$ 238 milhões no 3T21
O lucro líquido da Cyrela somou R$ 238 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 83,1% em comparação ao lucro apurado um ano antes. Entre julho e setembro de 2020, a companhia apurou ganhos extraordinários pela abertura de capital das joint ventures Cury, Plano&Plano e Lavvi.
A receita líquida da Cyrela no terceiro trimestre totalizou R$ 1,288 bilhão, alta de 10,7% na mesma base de comparação, refletindo o avanço de lançamentos, vendas e obras ao longo dos últimos trimestres. Já a margem bruta cresceu 2,1 ponto porcentual, para 34,7%.
Por sua vez, o resultado financeiro no penúltimo trimestre do ano foi positivo em R$ 9 milhões, montante 63,8% menor quando comparado ao apurado no mesmo intervalo em 2020.
A Cyrela ainda aponta que a geração de caixa somou R$ 177 milhões no terceiro trimestre.
A companhia apurou um impacto positivo de R$ 51 milhões na linha de equivalência patrimonial referente à participação nas joint ventures: R$ 21 milhões da Cury, R$ 13 milhões da Plano&Plano e R$ 17 milhões da Lavvi.
Contudo, esse ganho foi compensado por uma impacto negativo de R$ 37 milhões devido a contingências judiciais não detalhadas no balanço.
A ação da Cyrela (CYRE3) encerrou o pregão de hoje em alta de 2,41%, valedno R$ 16,57, antes da divulgação do balanço.
Cyrela somou R$ 2,2 bi em VGV no terceiro trimestre, alta de 33,2%
A Cyrela registrou R$ 2,2 bilhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamentos, representando alta de 33,2% ante o mesmo período de 2020. A companhia lançou 12 empreendimentos entre julho e setembro.
Por outro lado, as vendas líquidas contratadas da Cyrela somaram R$ 1,366 bilhão, valor 20,2% inferior ao reportado no mesmo intervalo do ano anterior e 12,5% abaixo do segundo trimestre de 2021.
A participação da companhia nas vendas contratadas foi de 91% no período, na mesma proporção de igual trimestre de 2020.
Das vendas líquidas realizadas no segundo trimestre, R$ 195 milhões se referem à venda de estoque pronto (14%), R$ 440 milhões à venda de estoque em construção (32%) e R$ 730 milhões à venda de lançamentos (53%).