Notícias

22/03/2019

Cyrela, EZTec e Tecnisa melhoram resultado líquido

Enquanto Cyrela e EZTec elevaram seus lucros líquidos, Tecnisa reduziu seu prejuízo líquido

 

Cyrela, EZTec e Tecnisa apresentaram, ontem, os respectivos resultados do quarto trimestre do ano passado, com melhora do desempenho em relação ao mesmo período de 2017. Enquanto Cyrela e EZTec elevaram seus lucros líquidos, Tecnisa reduziu seu prejuízo líquido.

O lucro líquido da Cyrela cresceu 138%, para R$ 116 milhões. A receita líquida aumentou 64,6%, para R$ 1,331 bilhão. A margem bruta caiu de 27%, no quarto trimestre de 2017, para 25,1% de outubro a dezembro.

A participação no resultado da Cury - incorporadora da qual a Cyrela tem 50% - teve impacto positivo de R$ 29 milhões no lucro líquido. Houve efeito positivo de R$ 37 milhões da participação no resultado do projeto "Ibirapuera by You". Por outro lado, houve impacto negativo de R$ 26,5 milhões referente a baixas contábeis de terrenos (R$ 12 milhões) e estoques (R$ 14,5 milhões) em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Sul e em Belém. A Cyrela registrou impacto negativo também de R$ 13 milhões do distrato de oito terrenos em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Sul. Houve ainda efeito negativo de R$ 15 milhões de aumento de provisão para risco de crédito referente aos distratos e de R$ 42 milhões de novas contingências.

A Tecnisa reduziu seu prejuízo líquido em 63,4%, para R$ 64,2 milhões. A receita cresceu 26,2%, para R$ 77,1 milhões. O resultado bruto, que tinha sido negativo em R$ 28,9 milhões, no quarto trimestre de 2017, ficou positivo em R$ 2,5 milhões. A margem bruta passou de 47,2% negativos para 3,2% de outubro a dezembro do ano passado.

Sem apresentar novos produtos ao mercado desde o último trimestre de 2016, a Tecnisa vai lançar R$ 295 milhões no segundo trimestre. Serão três lançamentos, na cidade de São Paulo, dos quais a incorporadora terá 20% de participação e será responsável pela gestão. O fundo Olympus RE II FIP é majoritário nos empreendimentos. "Mesmo com uma participação menor nos projetos, queremos voltar a ser uma empresa inovadora", diz o diretor financeiro e de relações com investidores, Flávio Vidigal de Cápua.

Segundo o executivo, dois desses projetos têm Valor Geral de Vendas (VGV) que soma R$ 175 milhões e fazem parte da "linha de entrada" de imóveis da incorporadora, com unidades de R$ 200 mil a R$ 240 mil. Já o outro projeto tem VGV de R$ 120 milhões e perfil "premium", com unidades de R$ 1,2 milhão a R$ 1,3 milhão. Segundo Cápua, o mercado tem melhorado, de maneira geral, neste início do ano.

O lucro líquido da EZTec cresceu 72%, para R$ 43,5 milhões. Sem considerar o período de venda da torre B do EZTowers, este foi o melhor resultado líquido da companhia desde 2016. "Estamos retornando para um momento operacional um pouco mais forte", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores, Emílio Fugazza.

A receita líquida da EZTec aumentou 69%, para R$ 144,5 milhões. A margem bruta passou de 28,9%, no quarto trimestre de 2017, para 37,6%. O resultado financeiro líquido teve alta de 20,7%, na comparação anual, para R$ 30,7 milhões.

A EZTec gerou caixa de R$ 66,7 milhões no quarto trimestre. A companhia encerrou 2018 com caixa líquido de R$ 403,1 milhões.

Segundo Fugazza, as vendas brutas semanais da incorporadora estão semelhantes às do "boom imobiliário", em 2010 e 2011. "O ânimo em relação a lançamentos está bastante forte", afirma Fugazza. De acordo com o executivo, as visitas ao plantão de vendas de um empreendimento lançado ontem chegaram a 500 no fim de semana. "Esse era o patamar de sete, oito anos atrás", compara o executivo. Esse projeto tem VGV de R$ 140 milhões.

A incorporadora possui projetos aprovados com VGV que supera R$ 1,5 bilhão.

 

FONTE: VALOR ECONôMICO