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20/01/2022

Cyrela monta time de finanças e tech para dobrar volume da fintech CashMe

A incorporadora Cyrela, da família Horn, espera dobrar neste ano o volume de financiamentos imobiliários da sua fintech, a CashMe

A incorporadora Cyrela, da família Horn, espera dobrar neste ano o volume de financiamentos imobiliários da sua fintech, a CashMe. A empresa foi criada para ocupar nichos do mercado de crédito imobiliário que ainda são pouco ou nada explorados pelos bancões tradicionais, e conta com uma rede de corretores parceiros para deslanchar as operações mesmo com a piora da economia nacional. No quarto trimestre, as originações da subsidiária atingiram R$ 260 milhões, e o saldo em carteira ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão.

 

No ano passado, a CashMe passou de 85 para 340 funcionários e dobrou de 600 m2 para 1,2 mil m2 o tamanho do escritório, na Vila Olímpia, na capital paulista. Para a direção, a Cyrela fisgou profissionais vindos de instituições financeiras e empresas tech: Alexandre Rappaport (ex-Livelo) está na presidência, enquanto Ricardo Sonoda (ex-PicPay e Webmotors), Carlos Caselli (ex-Digio e Itaú BBA) e Lilian Goldstein Ferraz (ex-Latam e Livelo), são os diretores das áreas financeira, tecnologia e produtos.

 

Se o negócio der certo, a CashMe será um ‘bônus’ para as ações da Cyrela em algum momento do futuro. A fintech tem potencial para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou venda de participação a sócios. Algo que deve entrar nos planos de médio a longo prazo dos Horn, donos de 100% do negócio.

 

Home equity

 

O carro-chefe da CashMe é o empréstimo pessoal com imóvel de garantia (o chamado home equity). Trata-se de um mercado relativamente pequeno, mas crescente. São cerca de R$ 4 bilhões de empréstimos por ano, ante R$ 200 bilhões do crédito imobiliário tradicional. Na fintech também há financiamentos para construção da casa própria, capital de giro a condomínios e linha para aquisição de painéis de geração de energia solar.

 

A fonte de recurso para os empréstimos é o caixa gerado pelas operações da Cyrela, combinados com securitização de recebíveis. As taxas giram em torno de 13,5% + IPCA, um patamar mais salgado que linhas convencionais de crédito imobiliário, mas abaixo de consignado, cheque especial e rotativo do cartão – linhas mais usadas para crédito pessoal

FONTE: ESTADO DE S.PAULO