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18/03/2016

Delta cresce após fazer casa-contêiner

Ronaldo Hultmann trabalhou por 20 anos em empresas de leasing de contêineres, mercado de aluguel dos equipamentos basicamente para companhias marítimas usarem na navegação a frota de contêineres transportados nos navios nem sempre é dos donos das embarcações.

Fernanda Pires 

Ronaldo Hultmann trabalhou por 20 anos em empresas de leasing de contêineres, mercado de aluguel dos equipamentos basicamente para companhias marítimas usarem na navegação - a frota de contêineres transportados nos navios nem sempre é dos donos das embarcações.

Em 2010 montou a sua própria empresa, a Delta Containers, para aluguel e venda. No mesmo ano, quando estava construindo sua casa de campo em Balsa Nova (PR), Hultmann enfrentou dificuldades com a mão de obra, que considerou cara e despreparada.

"Construí a casa e não fiquei feliz com a experiência. Me deu um estalo de tentar fazer algo mais eficiente, rápido, barato, limpo e sustentável. A primeira casa de contêineres que fiz foi a da minha filha", lembra o empresário. A residência tem 240 metros quadrados e é feita com seis contêineres de 40 pés. Fica na capital paranaense.

A construção usa como acabamento apenas vidro, madeira e alvenaria. "Aí começaram a surgir os pedidos", afirma. Até agora foram sete casas, um negócio que poderia ser maior. "Não existe financiamento imobiliário para esse tipo de habitação, a pessoa precisa ter o dinheiro todo à vista. Falta uma normatização e financiamento mais ágil", diz. Um contêiner de 40 pés, cru, sai na faixa de R$ 8.500,00.

A partir de 2011, a Delta passou a fazer outros projetos especiais com contêineres, para lojas, lancheterias e pet shops. A fábrica instalada no km 104 da Rodovia BR 277 Sul tem oficina de serralheria, pintura e acabamento, processos que talham o contêiner para o uso final. Hoje, a média é de 20 encomendas por mês de projetos especiais.

No segmento de aluguel, a Delta tem hoje no mercado em torno de 1.200 contêineres, entre refrigerados e secos, para os mais diversos usos. De 2011 a 2014, a empresa cresceu de 15% a 20% ao ano - em 2015, com o dólar alto, o negócio arrefeceu e o faturamento avançou 5%.

A Delta compra contêineres basicamente de empresas de leasing e alguma coisa de companhias de navegação que se desfazem dos contêineres velhos. "O preço cobrado pelas empresas de navegação são mais baixos, mas as condições de prazo das companhias de leasing são melhores", afirma.

FONTE: VALOR ONLINE