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16/12/2024

Demanda por aluguel deve crescer após alta da Selic e alterações de regras da Caixa para financiamento de imóvel (O Globo)

Segmentos de locação residencial ganham força

Segmentos de locação residencial ganham força 

Os obstáculos despertam irritabilidade para quem pretende financiar o primeiro imóvel. Com isso, brasileiros tendem a optar por aluguel. Um novo modelo de locação no mercado é o Multifamily. Muito adotado no Estados Unidos, no Brasil novos projetos vêm ganhando tração. 

Um empreendimento multifamily consiste em um condomínio com múltiplos serviços envolvidos, como lavanderia e até espaço para coworking, diferente de casas e apartamentos que não possuem móveis ou parte desses servidos ofertados. 

Players do mercado imobiliário de olho nos ativos residenciais para renda 

Considerado alvo de investimento para investidores institucionais e Fiis, o Multifamily tem como objetivo gerar renda a partir das locações das unidades residenciais. Vitor Costa, explica que este é um bom momento para esta classe de ativos, pois esse tipo de empreendimento oferece aos seus proprietários uma forma de captação de receita estável através de aluguéis, enquanto se torna uma opção mais atrativa aos consumidores que encontram preços cada vez mais altos para a compra de uma residencia, e o financiamento se torna mais inacessível para muitos consumidores. 

O que mostra o mercado? 

Segundo dados da plataforma de dados e análises da SiiLA, o valor de locação do multifamily é hoje de R$177,25 m², um crescimento de R$13,46 no terceiro trimestre de 2024. No mesmo trimestre o setor ganhou +780 unidades pelo Brasil e sua taxa de ocupação subiu em +2,04%. 

Em 2023 foram entregues cerca de 3.225 mil unidades, com expectativas para mais 2.276 unidades em 2025. 

“O multifamily veio para ficar! Por mais que tudo esteja muito recente, o que a gente vai ver dessa classe de ativos desenvolvendo nos próximos anos é algo espetacular. As oportunidades aqui no Brasil são enormes. É uma tendência bem consolidada nos Estados Unidos e na Europa, que veio para ficar aqui também no nosso país”, comenta Costa. 

Recentemente a SiiLA publicou uma matéria em que compara apartamentos compactos, muito escolhidos pelo custo-benefício e ativos multifamily. 

Procurada pela equipe do REsource, a CAIXA afirmou em nota que, desde novembro, nas modalidades com recursos do SBPE, a instituição passou a financiar a aquisição de imóveis ou construção individual, com valor de avaliação ou compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão e para clientes que não possuam outro financiamento habitacional ativo com o banco. 

A alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas aos empreendimentos financiados pelo banco, mantendo-se nesse caso as condições vigentes atualmente. 

“A CAIXA estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela CAIXA, mas também pelos demais agentes do mercado”, ressalta a empresa em nota.

FONTE: O GLOBO