A pessoa que tem dinheiro em contas inativas do Fundo de Garantia poderá sacar todo o saldo a partir de março. O importante é descobrir como fazer esse dinheiro render mais.
Valdeci deve R$ 3,2 mil a uma empresa de cartão de crédito. A sorte é que a mulher dele tem uma conta inativa de FGTS com R$ 1,4 mil de saldo. “Vamos pagar dívida com o dinheiro”, diz.
Ele tem razão. Na conta do FGTS o dinheiro rende 5% ao ano, enquanto os juros do cartão de crédito passam de 480% ao ano.
Marcelo sabe disso, mas ele compraria roupas para a mulher se tirasse o dinheiro hoje. Agradar a mulher é sempre bom. Mas os tempos estão difíceis. Economia em crise, desemprego, juros altos. Para quem não usará todo dinheiro do FGTS com alguma coisa urgente, talvez seja uma ideia melhor pensar em um momento de necessidade no futuro e investir esse dinheiro.
O rendimento muda bastante de uma aplicação para outra. O menor de todos é o do Fundo de Garantia, com 5%. A poupança rendeu 8,3% no ano passado. O tesouro direto, vinculado à Selic, teve rendimento de 10,3%. Uma carteira diversificada de investimentos passou de 12%.
Ao logo dos anos, a diferença é grande. Mil reais no Fundo de Garantia no início de 2016 teriam virado R$ 1.050 no dia 31 de dezembro. Na Poupança, R$ 1.083; no Tesouro Selic, R$ 1.088; e numa carteira de investimentos, R$ 1.102.
Mas, 30 anos depois, os mesmos R$ 1 mil somariam pouco mais de R$ 4 mil no FGTS; quase R$ 11 mil na Poupança; R$ 16 mil rendendo pelo Tesouro Selic; e quase R$ 26 mil em um fundo de investimentos.
