A Hectare divulgou fato relevante no qual afirma estar “tomando medidas cabíveis para proteger os interesses da base de cotistas do [fundo imobiliário] HCTR11”. Sem citar a Suno, a gestora diz que “na presente data, em cumprimento a uma decisão judicial proferida em ação de produção antecipada de provas, foi realizada busca e apreensão de material em endereços residenciais e comerciais de determinados suspeitos”.
O comunicado é mais um capítulo em uma batalha que chegou nessa terça-feira (14) ao campo jurídico e remonta ao segundo trimestre do ano passado. Na época, as cotas do HCTR11 apresentaram forte oscilação diante de críticas ao fundo disseminadas por meio de redes sociais e fóruns digitais.
Na versão da gestora, “após longa e criteriosa apuração realizada pela Hectare, foi possível identificar indícios da existência de uma campanha ilicitamente promovida nas redes sociais, aplicativos de mensagens e outros meios contra o HCTR11, a partir de publicações de determinados influenciadores digitais que traziam insinuações inverídicas e enganosas, carregadas de alarmismo, a respeito do fundo”.
Em 13 de abril de 2022, a B3 identificou variações atípicas nas cotas do FII e questionou a administradora Vórtx e a gestora. Segundo a Hectare, “àquela altura, não se tinha conhecimento de qualquer evento relacionado ao fundo ou a seus ativos que pudesse justificar uma movimentação atípica dessa natureza, ainda que tais oscilações não deixassem de causar estranheza à gestora”.
Conforme a casa, teria ocorrido uma campanha de difamação contra o fundo. “Ao que tudo indica, um dos objetivos de tal manobra teria sido afugentar os investidores do HCTR11. Não por coincidência, esses ataques ocorreram durante o período de silêncio da oferta pública de cotas do Fundo, ocasião em que Gestora não poderia rebater as acusações de imediato”.
A gestora pondera ainda que “tais publicações impactaram indevida e consideravelmente o volume de negociação, a amplitude de variação de preço do ativo e, consequentemente, o valor de mercado das cotas do Fundo, em prejuízo de toda sua base de cotistas – em especial daqueles que encerraram suas posições e auferiram resultados desfavoráveis”.
Matéria publicada em 14/02/2023