Notícias

27/05/2022

Empreendedores têm buscado empréstimo com garantia de imóvel para ampliar negócios

Pesquisa realizada pela fintech Pontte aponta mudanças na finalidade de uso dessa modalidade de crédito

Por Laelya Longo

 

Levantamento realizado pela fintech de crédito Pontte aponta que, até abril, quitar dívidas deixou de ser o principal motivo pela procura por empréstimo com garantia de imóvel, também conhecido como home equity.

 

De janeiro até o mês passado, 35,6% das consultas na plataforma sobre essa modalidade de crédito foram de empreendedores que precisam dos recursos para investir em seus negócios. Outros 5,3% para abrir seu próprio negócio. No mesmo período do ano passado, a parcela de quem buscava recursos para ampliar suas atividades comerciais foi de 21%.

 

No sentido contrário, a procura de home equity para quitação de dívidas – que tradicionalmente liderava as necessidades - registrou ligeira queda de 26%, na mesma base de comparação, para 25%.

 

Outras razões para a contratação desse tipo de crédito são reformar a casa, imprevistos causados pelo coronavírus e financiamento de estudos. Motivos não especificados são 24,5%.

 

Ainda que pouco utilizado no Brasil, o crédito com garantia de imóveis vem chamando a atenção por ser uma modalidade mais barata ao tomador, uma vez que o credor considera um menor risco de inadimplência, comparativamente às taxas de juros do crédito pessoal e até do consignado.

 

O tomador consegue recursos de até 50% do valor do imóvel e o prazo para pagamento pode ser maior do que outras modalidades de empréstimo.

 

“Acredito que o crescimento do interesse no crédito para investir nos negócios se dá pela retomada da economia, que esteve em queda após dois anos de pandemia”, avalia Leandro Pasin, presidente da Pontte , que oferece taxas a partir de 0,79% ao mês, mais IPCA.

 

Segundo a fintech, a avaliação de crédito não exclui autônomos, pessoas com dificuldade na comprovação de renda ou com restrições. Para quem tem dificuldades nos pagamentos das parcelas, a empresa oferece carência de até 6 meses, um mês do ano para não pagar a parcela, possibilidade de ajustar o valor ou até pular a parcela no mês mais apertado.

 

Matéria publicada em 27/05/2022 

FONTE: VALOR ECONôMICO