Notícias

19/12/2024

Empresa de crédito para construtoras busca crescer via mercado de capitais (Estado de S.Paulo)

Finamob vê potencial para realizar R$ 1 bi em operações financeiras em 2025

Por Circe Bonatelli

 

A Finamob, empresa de originação e estruturação de crédito para incorporadoras, vê potencial para dar vazão a R$ 1 bilhão em operações financeiras em 2025. Se confirmado, isso será um passo relevante na comparação com 2024, quando vai fechar em R$ 300 milhões.

O principal produto da Finamob é o crédito para a construção de empreendimentos, modalidade tradicional entre os bancos. No entanto, as instituições financeiras estão mais seletivas na concessão desse tipo de empréstimo devido à escassez de recursos das cadernetas de poupança, que abastecem a modalidade.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, tem priorizado a concessão de financiamentos para a pessoa física concluir a aquisição dos imóveis, enquanto as construtoras têm sido direcionadas a outras linhas de empréstimos, a juros mais altos.

Parcerias

Esse é pano de fundo para o crescimento de operações de crédito cujos recursos provêm do mercado de capitais. No caso da Finamob, a empresa tem parceiras com gestoras institucionais, butiques de gestão de patrimônio (weatlh) e plataformas de crowdfuding com apetite para financiar as incorporadoras. É daí que sai o dinheiro, enquanto a Finamob se limita a fazer a ponte entre credores e tomadores.

A empresa tem como sócio Murilo Marchesini, de família empreendedora do mercado imobiliário, com loteamentos na região metropolitana de São Paulo. Ele também é presidente da incorporadora Verticale, já passou pela gestora Result Invest e pela construtora Weag. A empresa também conta com o head de novos negócios, Daniel Bank, que começou a carreira em serviços financeiros na EY, depois foi para mesa de crédito privado da XP e o time de macroeconomia da Claritas.

Segundo Marchesini, o plano para ampliar as originações de crédito se dará pelo fomento de publicidade, participação em eventos e investimento em plataformas de tecnologia que mapeiam lançamentos imobiliários. De um lado, o juro em alta inibe muitos projetos. Por outro, diz, cria situações de aperto em incorporadoras, como distratos de vendas, em que as empresas pedem soluções financeiras, como crédito para giro.

 

FONTE: ESTADãO IMóVEIS