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16/02/2017

Entrega de escritórios em SP perderá velocidade após 2017, segundo setor

"As empresas adiam o que é possível por causa das condições ruins de mercado", diz Paulo Casoni, diretor da JLL.

A entrega de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo deverá desacelerar após o ano de 2017, segundo companhias que prestam serviços imobiliários.

A previsão das empresas é que o aumento do volume de estoques deste ano supere o de 2016, mas continue em ritmo inferior a partir de 2018.

A projeção da Colliers é que a área entregue no ano que vem não chegue a 100 mil m², abaixo dos 205 mil m² do ano passado e que os 278 mil m² previstos para 2017, diz o diretor da divisão de escritórios Marcelo Ghitnic.

"Prédios de 2016 foram iniciados em 2012. Como o mercado começou a sofrer a partir de 2014, os preços caíram e as companhias tiraram o pé", afirma o executivo.

"As empresas adiam o que é possível por causa das condições ruins de mercado", diz Paulo Casoni, diretor da JLL.

Cerca de 100 mil m² que estavam previstos pela consultoria para serem entregues no último trimestre de 2016 foram postergados para este ano, movimento que pode se repetir em 2017, ressalta.

Um estoque novo menor diminuirá os índices de vacância, segundo Giancarlo Nicastro, diretor-executivo da plataforma Siila.

"Se o montante de ocupação continuar semelhante ao dos últimos anos e o total entregue passar a ser 130 mil m² em vez de 200 mil m², a vacância cairá muito daqui a dois ou três anos."

Estoque imobiliário - Previsão da área de escritórios de alto padrão em São Paulo a ser entregue em 2017, em mil m².  

FONTE: FOLHA DE S. PAULO