Guardar o dinheiro das contas inativas do FGTS é a segunda prioridade do brasileiro, atrás apenas de pagar dívidas, segundo pesquisa inédita da Fundação Getulio Vargas. A sondagem mostrou que 24% dos que têm direito ao crédito pretendem guardar o dinheiro extra. A opção de formar uma reserva de emergência nesse momento é recomendada pelo educador financeiro André Bona.
Segundo o especialista, para quem tem contas em atraso, não há nem o que discutir: o correto é acertar as contas. Mas mesmo para quem tem dívidas controladas, o recomendado é antecipar parcelas.
— Nenhum investimento vai dar um retorno maior que o juro do empréstimo. Às vezes é uma parcela de um carro, por exemplo. Além de ter o retorno maior, essa decisão ainda vai desafogar o orçamento doméstico, porque no mês seguinte (sem a parcela) é como se a pessoa tivesse um aumento salarial — afirma o especialista.
Para quem está indeciso sobre o que fazer com o dinheiro e não tem dívidas, a dica é investir, de acordo com o valor que receber. Levantamento do educador financeiro mostra que deixar o dinheiro parado no FGTS é a pior opção. Nos últimos 20 anos, o Fundo teve rendimento inferior à maioria das aplicações, até mesmo da poupança.
— O ideal é formar uma reserva de emergência. Uma aplicação financeira conservadora, que vai servir para, caso ela venha a ter algum tipo de imprevisto ao longo do ano, tenha recursos. Se a pessoa tiver um valor de menos de R$ 1 mil, por exemplo, consegue fazer isso pela poupança ou pelo título Tesouro Selic — recomenda o especialista.