A Even Construtora e Incorporadora vai entregar R$ 2,4 bilhões em 2017 e R$ 743 milhões, em 2018. Neste ano, as entregas somam R$ 2,62 bilhões. A redução do volume de entregas e o fato de, no momento da conclusão dos empreendimentos, o preço das unidades estar mais próximo ao valor pago, anteriormente, pelos clientes, farão com que os distratos sejam reduzidos, de acordo com o diretor de estratégia e de relações com investidores da companhia, Vinícius Mastrorosa. A expectativa é que o volume de distratos caia a partir do segundo semestre de 2017.
Do total de unidades lançadas em 2016, a Even vendeu mais da metade, segundo o executivo. Mastrorosa afirma esperar melhora do mercado imobiliário paulistano - o maior do país e principal mercado de atuação da Even - no próximo ano em relação a 2016. "Houve uma freada brusca de lançamentos, em São Paulo, corrigindo o excesso de oferta", disse. No Rio de Janeiro, ainda se espera que o mercado continue difícil, devido à situação do Estado e ao volume de lançamentos dos últimos anos.
A Even anunciou, desde o mês passado, duas emissões de debêntures, no total de R$ 300 milhões. Os recursos serão destinados ao pagamento de dívidas corporativas de curto e médio prazos e à manutenção de caixa mínimo, cujo patamar não é informado pela companhia. Segundo o diretor, o mercado de dívida corporativa está muito fechado para incorporadoras. "No momento, é sinal de saúde financeira uma empresa conseguir captar dívida corporativa", afirmou Mastrorosa.
A geração de caixa da Even foi postergada devido aos distratos - R$ 472 milhões de janeiro a setembro - e é esperada para 2017. "Com a geração de caixa frustrada neste ano, optamos por alongar dívidas", disse a diretora executiva financeira e corporativa da companhia, Daniella Sasson. Segundo a executiva, se a empresa considerar que há boas oportunidades, poderá optar por antecipar o pagamento de dívidas.
