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06/03/2024

Evolução do mercado imobiliário: da família tradicional aos novos paradigmas urbanos (Estadão Imóveis)

O mercado imobiliário reflete as transformações nas estruturas familiares, estilos de vida e prioridades das diferentes gerações

O mercado imobiliário reflete as transformações nas estruturas familiares, estilos de vida e prioridades das diferentes gerações. Desde os anos 80 até 2024, cada década trouxe consigo novas tendências, influenciando a demanda por diferentes tipos de imóveis. A evolução das famílias, a quantidade de filhos e o protagonismo dos pets nas casas brasileiras impactam a escolha de moradias. 

Anos 80: A Era dos Subúrbios

Nas décadas de 80 e 90, a configuração familiar típica tendia a seguir o modelo tradicional: casais com dois ou mais filhos, buscando a estabilidade e segurança dos subúrbios. A casa com quintal espaçoso era o ideal, refletindo um estilo de vida voltado para a família, onde o carro era essencial para a mobilidade. Os pets, geralmente cães ou gatos, começavam a ganhar importância, mas ainda não eram um fator decisivo na escolha do imóvel.

Anos 90: A Consolidação Urbana

Com a chegada dos anos 90, as cidades se consolidavam como centros de oportunidades, atraindo famílias que buscavam proximidade com o trabalho, escolas e serviços. A quantidade de filhos por família começou a diminuir, reflexo de uma mudança nos padrões socioeconômicos e culturais. Os apartamentos bem localizados ganharam popularidade, especialmente aqueles que ofereciam áreas de lazer para compensar espaços menores.

Anos 2000: A Diversidade Familiar e o Boom Tecnológico

Os anos 2000 marcaram o início da era digital, com impactos significativos no mercado imobiliário. A diversidade familiar aumentou, com um crescimento nas famílias monoparentais, casais sem filhos e a formação de novos arranjos familiares. A tecnologia começou a influenciar as escolhas de moradia, com uma valorização de imóveis conectados e inteligentes. Os pets já eram considerados membros da família, com a demanda por espaços pet-friendly se tornando mais evidente.

Anos 2010: Flexibilidade e Sustentabilidade

A década de 2010 trouxe consigo uma forte consciência sobre sustentabilidade e mobilidade urbana. Famílias menores, muitas vezes com apenas um filho ou sem filhos, priorizavam a localização e a eficiência energética dos imóveis. O trabalho remoto começou a ganhar espaço, exigindo imóveis com áreas que pudessem ser adaptadas para escritórios. Os pets, agora essenciais na escolha da moradia, impulsionaram a demanda por parques e serviços pet-friendly nas proximidades.

2020-2024: O Mercado Imobiliário na Era Pós-Pandemia

A pandemia acelerou mudanças significativas no mercado imobiliário. A importância do home office consolidou-se, com destaque para imóveis que oferecem flexibilidade de uso e espaços abertos. A geração Z e os millennials, muitos optando por não ter filhos ou adiar a paternidade, buscam imóveis que aliam conforto, tecnologia e sustentabilidade. 

A relação com os pets atingiu um novo patamar, com a procura por imóveis que não apenas aceitam, mas celebram a presença de animais, oferecendo soluções integradas para o bem-estar animal.

Da busca pelo espaço e segurança dos subúrbios aos novos paradigmas urbanos que priorizam a flexibilidade, tecnologia e sustentabilidade, o que buscamos em um lar transformou-se radicalmente nos últimos anos, refletindo as demandas da sociedade. 

Hoje, mais do que nunca, o mercado imobiliário precisa adaptar-se rapidamente às necessidades de um público diversificado, que valoriza a qualidade de vida não apenas para si, mas também para seus pets, considerados parte essencial da família. 

São transformações que geram oportunidades de inovação, impulsionando o desenvolvimento de imóveis que atendam às necessidades atuais e futuras, redefinindo o conceito de lar para as novas gerações. 

FONTE: ESTADãO IMóVEIS