A Exto Incorporação e Construção adiou para o segundo semestre o início de seus lançamentos imobiliários deste ano, mas está mantendo a projeção traçada antes da pandemia de covid-19 de apresentar Valor Geral de Vendas (VGV) próximo a R$ 600 milhões, em empreendimentos dos padrões médio, médio-alto e alto, concentrados na capital paulista.
Inicialmente previsto para maio, o maior dos projetos tem VGV de R$ 350 milhões, perfil de alto padrão e será lançado em conjunto com a Paulo Mauro e com a REM Construtora, no bairro de Perdizes, na zona Oeste. Na programação de 2020, estão outro empreendimento para a alta renda e um projeto dos padrões médio e médio-alto.
Segundo o presidente da incorporadora, Roberto Matos, a procura por unidades com metragens maiores têm crescido, desde maio, em decorrência do isolamento social, que levou boa parte das pessoas a trabalhar em casa. “Fizemos algumas vendas de unidades com esse perfil e temos muitas tratativas em curso. Em geral, a Exto trabalha com imóveis de maior porte”, diz Matos.
De acordo com o empresário, nos últimos 30 dias, o departamento de personalização de unidades passou a ser mais demandado para adaptar, durante as obras, parte da sala ou da varanda para área de “home office”.
No ano passado, a Exto lançou R$ 500 milhões e vendeu R$ 550 milhões. No primeiro trimestre, elevou os lançamentos, na comparação anual, chegando a R$ 110 milhões. Em abril, as vendas caíram para 40% do planejado e, em maio, para metade do previsto. Há expectativa de melhora da comercialização, neste mês, devido à reabertura dos estandes. “É muito difícil vender unidades sem visitas a um espaço físico”, diz o presidente. A empresa tem 12 estandes abertos na cidade de São Paulo.
De acordo com Matos, a Exto não tem concedido descontos na venda de seus produtos, mas renegociado datas de pagamentos com os clientes. Nas aquisições de terrenos, conta o executivo, não há queda de preços, mas mais prazo para pagamento.