Depois de lançar apenas R$ 28 milhões no primeiro trimestre, com queda de 95% na comparação anual, a EZTec se prepara para apresentar Valor Geral de Vendas (VGV) próximo a R$ 1 bilhão no segundo trimestre. “O mercado está comprador, e a demanda, bastante resiliente”, diz o diretor financeiro e de relações com investidores, Emilio Fugazza.
Com o fechamento dos estandes de vendas, em São Paulo, a incorporadora optou por realizar, virtualmente, o lançamento do único projeto apresentado no trimestre. Foi a primeira vez em que a EZTec apresentou um empreendimento de forma remota. Trata-se de prédio de unidades compactas, direcionado para investidores, o que facilita as vendas online. “Só oferecemos o produto à nossa base de clientes”, conta Fugazza. Das 231 unidades do projeto, 91 foram comercializadas por enquanto.
Em abril, a incorporadora fez seu segundo lançamento remoto - o de um projeto destinado à média renda, com VGV de R$ 252 milhões. O empreendimento deve ser relançado, presencialmente, em breve. Desde o último domingo, os estandes de vendas podem funcionar, no Estado de São Paulo, de 11 horas às 19 horas, com ocupação máxima de 25% da capacidade.
A EZTec tem dois plantões de vendas prontos para lançamentos - um de projeto de R$ 423 milhões voltado para a alta renda e outro de R$ 165 milhões destinado à média-alta renda, além de licenças para apresentar um empreendimento de médio padrão com VGV de R$ 164 milhões.
A companhia tem meta de lançamentos residenciais no biênio 2020-2021 de R$ 4 bilhões a R$ 4,5 bilhões. Para cumprir a projeção, será necessário apresentar ao mercado de R$ 2,8 bilhões a R$ 3,3 bilhões de abril a dezembro. “Temos total intenção de cumprir o guidance”, diz Fugazza.
A companhia avalia retomar modelo de montagem de lojas com apartamentos-modelos de vários projetos de determinada região em vez de fazer unidades decoradas por empreendimento. Mais do que a redução de custos, as lojas possibilitam que o decorado fique disponível por tempo maior do que nos plantões de vendas.
No trimestre, as vendas líquidas tiveram queda de 48,5%, para R$ 236 milhões. De acordo com o executivo, a comercialização de imóveis poderia ter sido maior se a EZTec tivesse feito mais lançamentos. Houve vendas brutas de R$ 258,7 milhões e distratos de R$ 22,6 milhões. Do total distratado, 44% está atrelado a compra de outra unidade da companhia ou transferência do valor pago para outro imóvel em financiamento.
Em conjunto, Cury, Cyrela, Direcional Engenharia, Even Construtora e Incorporadora, EZTec, JHSF, Lavvi, Melnick Even, Mitre Realty, Moura Dubeux, MRV&Co, Plano&Plano, RNI Negócios Imobiliários, Tenda e Trisul lançaram o VGV de R$ 5,438 bilhões, de janeiro a março, com expansão de 54,9% na comparação anual. As vendas líquidas cresceram 39,1%, para R$ 6,437 bilhões.