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15/08/2022

EZTec quer reforçar lançamentos na baixa renda após mudanças no Casa Verde e Amarela (Valor Econômico)

Para o próximo ano, a meta é que projetos para baixa renda representem entre 20% e 25% dos lançamentos, afirmou Flavio Ernesto Zarzur

A incorporadora EZTec deve reforçar seus lançamentos no segmento econômico, para o público de baixa renda, que se encaixam no programa Casa Verde e Amarela (CVA), afirmaram executivos da companhia durante teleconferência com analistas, na última sexta-feira (12).

 

No segundo trimestre, a companhia não lançou projetos para baixa renda e, no primeiro trimestre, apenas 17% do valor geral de venda (VGV) lançado pertenceu ao segmento. Para o próximo ano, no entanto, a meta é que projetos para baixa renda representem entre 20% e 25% dos lançamentos, afirmou Flavio Ernesto Zarzur, vice-presidente da incorporadora. Os imóveis do programa ganharam atratividade após as mudanças anunciadas nos últimos meses, que ajudaram a enquadrar mais pessoas em seus critérios e a elevar a capacidade de compra dos clientes de baixa renda.

 

Os executivos ressaltam que para operar em grande escala apenas dentro da cidade de São Paulo é necessário atuar em todas as áreas do mercado imobiliário, o que inclui o padrão econômico, o médio, o alto e também os imóveis comerciais e hoteleiros.

A linha FitCasa, que constrói empreendimentos econômicos, tinha R$ 2,8 bilhões dos R$ 11 bilhões em VGV no banco de terrenos da EZTec no segundo trimestre. Segundo a companhia, novas aquisições de terrenos vão seguir a direção apontada pelo mercado, o que pode significar investir mais na área de baixa renda. Porém, os executivos destacaram que os terrenos estão muito caros em São Paulo e que o preço não tem cedido, então a companhia deve ser oportunista e seletiva em novas compras.

 

No segundo trimestre, a EZTec apresentou queda de 19% nas vendas líquidas e reduziu pela metade seu índice de venda sobre oferta (VSO), que mede a velocidade de comercialização, na comparação anual. Foram R$ 231,3 milhões em vendas líquidas e a VSO ficou em 7,8%. Os diretores da empresa afirmaram que, se for preciso reduzir o preço de venda das unidades para garantir um volume de comercialização maior no final do ano, isso será feito, desde que a margem líquida fique por volta dos 32%. O indicador fechou o segundo trimestre em 34,3%.

 

A companhia afirmou em seu balanço que sua inflação interna, em alguns projetos, é até 50% maior do que o registrado pelo indicador do setor, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC). Na teleconferência, a direção da companhia afirmou que há expectativa de que esse descolamento em relação ao índice se inverta nos próximos quatro a seis trimestres, passando a ficar abaixo do INCC.

 

Matéria publicada em 13/08/2022

FONTE: VALOR ECONôMICO