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15/02/2016

Fabricantes de materiais preveem baixa de 4,5% no 1º trimestre

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat), o cálculo considera o fato de que as famílias sempre têm o orçamento mais apertado no início do ano por causa do pagamento de impostos - Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre a Propriedade dos Veículos automotores (IPVA) - e gastos com materiais e matrículas escolares.

Os fabricantes de material para construção projetam uma queda de 4,5% nas vendas no primeiro trimestre de 2016, ante igual período do ano passado, de acordo com representantes do setor.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat), o cálculo considera o fato de que as famílias sempre têm o orçamento mais apertado no início do ano por causa do pagamento de impostos - Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre a Propriedade dos Veículos automotores (IPVA) - e gastos com materiais e matrículas escolares.

A previsão também considerou o fato de as chuvas mais intensas terem prejudicado o andamento das obras e incluiu ainda a possibilidade de um impacto negativo pelo temor do desemprego e pela falta de confiança dos empresários.

Em nota, o presidente da Abramat, Walter Cover, avaliou que o setor foi afetado pelas "condições adversas que predominam desde o segundo semestre de 2015 e permanecem tanto no segmento do varejo, quanto no das construtoras".

A expectativa do executivo é de que haja um reaquecimento das atividades a partir de abril ou maio. Essa reação, porém, só vai ocorrer, acredita o dirigente, se houver novas liberações de crédito para as indústrias de material de construção e também se for retomada a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida. Cover acredita também que o setor pode reagir bem se houver mais investimentos em obras de infraestrutura.

Em janeiro, as vendas de material de construção caíram 20,5% sobre um ano antes. Essa foi a 24ª queda consecutiva na comparação anual. No entanto, na comparação com o mês anterior - dezembro de 2015 - o setor obteve alta de 5% no faturamento. Nos últimos 12 meses, o setor acumula retração de 13,9%.

Segundo a Abramat, em janeiro foram verificadas quedas tanto no faturamento dos materiais de base (-19,9%) quanto nos itens de acabamento (-21,4%). Sobre dezembro último, porém, as vendas de materiais de base aumentaram 2,9%, e no caso dos itens de acabamento houve alta de 8,5%. Nos últimos 12 meses, os materiais de base perderam 12,5% e os de acabamento, 16,2%. 

 

FONTE: DCI - SãO PAULO/SP