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05/10/2016

Febraban espera retomada neste trimestre

Para 2017, a oferta de empréstimos no Brasil deve voltar a crescer, afirmou durante evento promovido pela Febraban.

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, acredita que o Brasil vai sair da recessão neste trimestre e que deve crescer no próximo ano.

Há, conforme ele, vários sinais que indicam esse movimento, incluindo a melhora de variáveis financeiras como o câmbio, a redução dos juros longos e a queda do CDS brasileiro (contratos de proteção contra calote, ou credit default swap, em inglês).

Ele ponderou que algumas variáveis, como crédito, demoram um pouco mais para mostrar inflexão, já que também passaram a refletir a recessão do País tardiamente.

Para 2017, a oferta de empréstimos no Brasil deve voltar a crescer, afirmou durante evento promovido pela Febraban. Murilo Portugal explicou que o endividamento das famílias dificulta uma retomada mais rápida do crédito.

Sobre a inadimplência, ele não fez projeções, mas disse que os calotes no Brasil se estabilizaram e que os bancos estão bem provisionados.

Ele também comentou que os planos de recuperação que serão apresentados pelo sistema bancário brasileiro no final deste ano vão contribuir para preservar o funcionamento do setor em situações de estresse

Portugal lembrou que os grandes bancos vão começar a apresentar gradualmente a partir do final desse ano seus planos de recuperação, conforme as diretrizes estabelecidas pelos Key Atributes do Financial Stability Board (FSB).

Também enfatizou que os níveis de liquidez dos bancos brasileiros superam "largamente" suas obrigações de curto prazo e estão "bem acima" dos encontrados nos maiores sistemas bancários mundiais. Segundo ele, o Índice de Liquidez de curto prazo do sistema bancário, o LCR de Basileia 3, que já vigora para os grandes bancos brasileiros desde outubro de 2015, estava em 193% em junho de 2016, bem acima do mínimo de 100% a ser requerido em 2019 e dos 125% dos maiores bancos globais, de acordo com os dados do BIS de dezembro de 2015.  

FONTE: DCI