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24/07/2023

FGTS avalia permitir pausa em contrato de financiamento de imóveis para inadimplentes (Folha de S.Paulo)

Medida dá mais tempo para pessoas com dificuldades em pagar parcelas do empréstimo encontrarem uma solução

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) deve aprovar na sua próxima reunião a possibilidade de pausas nos contratos de financiamento de imóveis com o fundo.

 

O tomador de empréstimo inadimplente com o banco que efetivou a operação poderá negociar com a instituição financeira uma interrupção nos pagamentos. O valor que seria pago é acrescentado ao saldo devedor com juros.

A medida pode ser tomada por um prazo limitado e dependerá do orçamento do FGTS, que concederá a pausa aos bancos que permitirem o mesmo para mutuários inadimplentes. A novidade permitirá um respiro em um momento de juro alto.

 

O Conselho Curador se reúne na próxima semana em Brasília. Além da pausa, o grupo deve também decidir pela distribuição do lucro do FGTS, que pode chegar a 99% do total.

Outro item na pauta é a suplementação do orçamento para financiamentos no Minha Casa Minha Vida, que se não for revisto pode esgotar até setembro em três regiões do país.

A reunião também deve aumentar em R$ 4,65 bilhões os recursos destinados para financiar imóveis para a classe média, na linha chamada pró-cotista. Com isso, o montante total atingirá R$ 11,35 bilhões

 

A linha oferece uma taxa de juros de 8,66% ao ano mais a Taxa Referencial (TR) para quem tem uma conta no fundo. O preço máximo do imóvel a ser financiado é de R$ 1,5 milhão.

A medida vem em um momento no qual a classe média sofre para conseguir financiar um imóvel, como mostrou a Folha.

De um lado, os juros altos encarecem os empréstimos. Do outro, diminui a fonte de recursos para os bancos aplicarem no setor.

 

O problema já chamou a atenção do presidente Lula (PT), que pediu publicamente medidas para esse extrato de renda no Minha Casa Minha Vida.

O governo avalia elevar o valor máximo da residência para atender ao pedido do mandatário para que famílias com renda mensal de R$ 10 mil ou R$ 12 mil também possam ter acesso ao programa habitacional. Atualmente, o limite de renda é de R$ 8 mil por mês.

Caso isso seja efetivado, o teto do imóvel financiado no programa pode subir para R$ 500 mil. 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO