O Conselho Curador do FGTS vota na próxima sexta-feira, 16, proposta que amplia o valor do teto para contratação com recursos do fundo e a manutenção por mais 6 meses das taxas de juros para o grupo 3 e pró-cotista. As medidas são fundamentais para evitar a descontinuidade nas contratações, na geração de empregos e no cumprimento do orçamento de contratação para 2023. As alterações seriam votadas na reunião desta terça-feira, 13, mas o conselho curador, atendendo a solicitação dos representantes da bancada de governo, adiou a votação.
A proposta a ser votada prorroga a medida que reduziu temporariamente, até 2022, as taxas de juros ofertadas para famílias com renda bruta mensal entre R$ 4,4 mil a R$ 8 mil, do chamado grupo 3 nos programas de habitação popular. A proposta prevê também o reposicionamento do limite máximo dos imóveis, considerando a evolução dos preços de material, serviços e mão de obra do setor da construção nos últimos 15 meses, corrigindo parcialmente o déficit entre os valores limite e custos da produção. “Vamos defender um percentual de aumento do valor que efetivamente cubra a defasagem de preço já instalada”, afirmou a consultora técnica da CBIC, Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves.
As alterações vão permitir a continuidade do acesso das famílias ao financiamento, a manutenção do ritmo de crescimento do setor, verificado nos últimos meses, e garantir à equipe do governo que toma posse em 1º de janeiro tempo hábil para promover estudos, avaliações e eventuais aprimoramentos nos programas.
O vice-presidente da CBIC e conselheiro do FGTS, Elson Póvoa, ressaltou a necessidade da votação das medidas na próxima sexta-feira. “Dessa forma evitaremos a descontinuidade das contratações e da geração de novos empregos. É importante iniciar o ano, pelo menos, com uma previsão de contratações regulares”, afirmou.
Matéria publicada em 13/12/2022