Notícias

22/11/2022

Financiamento imobiliário com dinheiro da poupança recua em outubro (InfoMoney)

Não entram na conta, os empréstimos com recursos do FGTS (que inclui o Casa Verde e Amarela, por exemplo)

Os financiamentos para a compra e a construção de imóveis no Brasil atingiram R$ 14,7 bilhões em outubro, uma queda mensal de 8,8% (ante setembro) e anual de 14,2% (ante o mesmo mês de 2021).

 

Os financiamentos totalizaram R$ 151,2 bilhões no acumulado do ano, uma queda de 12% na comparação com janeiro a outubro de 2021.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e consideram apenas as operações realizadas com recursos da caderneta de poupança.

 

Não entram na conta, por exemplo, os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como os do Casa Verde e Amarela (CVA).

Foram financiadas 59,3 mil casas e apartamentos em outubro e 618,9 mil imóveis no acumulado do ano, uma queda de 15,7% na comparação com o mesmo período de 2021.

 

Regates da poupança

 

Segundo daddos do Banco Central (BC), a poupança teve R$ 9,4 bilhões em retiradas no mês passado (captação líquida negativa) e R$ 82,3 bilhões no acumulado do ano. A Abecip diz que a perda de recursos da caderneta pode ser explicada por 2 fatores:

Redução da renda familiar e alta da inflação, que comprometem a capacidade de parte da população em manter suas reservas;

Selic em patamar elevado (13,75% ao ano) reduziu a competitividade dos rendimentos da poupança frente aos demais produtos de investimento.

 

Resultado por banco

 

A Caixa Econômica Federal liderou a concessão de financiamentos, com recursos da poupança, em outubro (R$ 7,9 bilhões). Na sequência aparecem:

Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 3,1 bilhões

Bradesco (BBDC4): R$ 2 bilhões

Santander (SANB11): R$ 760 milhões

Banco do Brasil (BBAS3): R$ 558 milhões

No acumulado do ano, as posições são as mesmas: Caixa (R$ 81,5 bilhões), Itaú (R$ 33,2 bilhões), Bradesco (R$ 18 bilhões), Santander (R$ 7,8 bilhões), e Banco do Brasil (R$ 5 bilhões).

 

Matéria publicada em 22/11/2022

FONTE: INFOMONEY