Os “fundos de tijolos e de papéis” devem se destacar ao longo de abril. Segundo especialistas entrevistados pelo CNN Brasil Business, os ativos que dependem da reabertura econômica acabam dando sinais mais expressivos de recuperação —caso dos fundos imobiliários.
Fred Nobre, responsável pela área de análise da Warren, destaca que a redução no número de casos relacionados à Covid-19, “principalmente em São Paulo e no Nordeste”, bem como a liberação do uso de máscaras favoreceu os fundos de imóveis físicos, “em que as pessoas precisam estar presencialment”e, como shoppings e lojas.
Caio Ventura, analista da Guide Investimentos, declarou também que, desde março, um alívio sobre a percepção de risco dos investidores proporcionou um momento melhor aos “fundos de tijolos” —uma categoria de fundo imobiliário que investe em imóveis físicos.
Ambos os especialistas destacaram que o alívio é devido à sinalização de estabilização da trajetória de juros, uma previsibilidade sobre o aperto monetário e também ao monitoramento sobre o cenário externo.
Por outro lado, Gabriel Teixeira, analista de fundos de investimento imobiliário da Ativa, sugere os “fundos de papel” —direcionado a títulos relacionados ao mercado imobiliário— que acompanham indicadores como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Índice Geral de Preços–Mercado (IGP-M) e a taxa CDI (certificado de depósito interbancário).
“Como esses fundos investem em instrumentos de renda fixa, conseguem repassar a inflação “de forma mais rápida”, e o atual cenário econômico ajuda o desempenho desses FIIs”, diz o analista.