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10/03/2022

Fundos imobiliários se descolam do mercado e fecham nova sessão em queda

O fundo KILIMA (KISU11) liderou a lista das maiores altas da sessão, com elevação de 3%

Matéria publicada no dia 09/03/2022

O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (9) praticamente estável, com leve queda de 0,03%, aos 2.724 pontos. O fundo KILIMA (KISU11) liderou a lista das maiores altas da sessão, com elevação de 3%. Confira os demais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

Um dos segmentos mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 nos últimos dois anos, os fundos imobiliários de shoppings iniciaram 2022 sinalizando recuperação e setor projeta crescimento de 13% nas vendas em 2022.

Dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) apontam que as vendas de janeiro nos complexos comerciais registraram alta de 10%. O maior avanço foi visto nas regiões Norte (27,1%) e Sudeste (11,7%), seguidas por Nordeste (8,7%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (5,5%).

Os números reforçam o otimismo dos fundos imobiliários de shoppings, que confirmam o momento positivo do segmento e, em alguns casos, já ostentam desempenho acima do período pré-pandemia.

“Tivemos vendas e indicadores operacionais ao final de 2021 bem próximos a 2019 e, no mês de janeiro, já ultrapassamos levemente os números de 2019 se considerarmos vendas, aluguéis e Mall & Mídia”, aponta relatório gerencial do HSI Malls (HSML11), também divulgado na terça (8). “O resultado do fundo apresentou crescimento relevante no mês, sobretudo devido ao vencimento do aluguel maior dos ativos de competência Dezembro 2021”, cita o documento.

Com uma área bruta locável (ABL) de 128 mil metros quadrados, o portfólio do HSI Malls é composto por cinco shopping centers em três estados.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o XP Malls ([ativo=XPML]) também confirmou resultado expressivo, com crescimento de 34% nas vendas por metro quadrado e de 26% no resultado operacional líquido dos imóveis.

“O maior nível de vendas contribui para um aluguel percentual maior nos shoppings”, aponta a equipe de gestão do XP Malls em relatório gerencial. “Vale ressaltar também que nos meses de janeiro temos o recebimento do 13º aluguel dobrado, auxiliando na composição resultado operacional da carteira”, detalha.

Atualmente, a carteira imobiliária do fundo é composta por 15 empreendimentos que, juntos, somam uma ABL de 142 mil metros quadrados.

Ainda segundo balanço da Abrasce, o valor médio gasto pelos consumidores nas lojas de shoppings fechou janeiro de 2022 em R$ 130,94, valor 16,4% superior aos R$ 112,46 de janeiro de 2021.

O estudo da entidade apontou também que o fluxo de visitantes nos centros de compras em janeiro teve crescimento de 22,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Os indicadores operacionais dos shoppings do portfólio apresentaram resultados favoráveis indicando de forma positiva a normalização do hábito de consumo em todas as regiões”, sinaliza o último relatório mensal do Vinci Shopping Centers (VISC11).

Em janeiro, as vendas do fundo cresceram 40,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, o resultado líquido operacional dos empreendimentos apresentou crescimento de 42,3% neste mesmo período.

Conforme comunicado ao mercado no início do mês, o Vinci concluiu a aquisição de participação adicional equivalente a 1,60% do Pantanal Shopping, localizado em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. O portfólio do fundo conta com participação em 19 shoppings em 12 diferentes Estados.

Glauco Humai, presidente da Abrasce, afirmou que, apesar das condições macroeconômicas adversas, o setor vem mostrando uma retomada gradual, especialmente a partir dos avanços da vacinação e normalização do horário de funcionamento e da capacidade de ocupação.

“Fechamos 2021 com números bons e iniciamos 2022 com uma boa performance. Estimamos alcançar um crescimento nas vendas de 13,8% no ano”, projetou em nota.

FONTE: INFOMONEY