A elevação do limite do capital autorizado da Gafisa de 71.031.876 ações para 120 milhões de ações foi aprovada ontem em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), da qual participaram 26 acionistas, correspondentes a 39,91% do capital social. Dos presentes, 99,87% se manifestaram a favor do aumento do capital autorizado. “Foi um voto de confiança na companhia”, afirma o presidente da Gafisa, Roberto Portella. As ações fecharam ontem com alta de 2,86% na B3, cotadas a R$ 6,84.
O conselho de administração da Gafisa tomará a decisão, no dia 30, em relação à nova tranche do aumento de capital da companhia, até o novo limite do capital autorizado. Segundo fonte, o conselho deve votar pela segunda etapa da capitalização. Na próxima terça-feira, ocorrerá também Assembleia Geral Ordinária (AGO) para aprovar o balanço de 2018.
Em 9 de abril, o conselho aprovou a capitalização da companhia até o limite do capital autorizado de 71.031.876 ações. Para que esse limite seja alcançado, será realizada a primeira tranche do aumento de capital de 26.273.962 ações.
O preço médio por papel definido para essa etapa da operação foi de R$ 6,02, valor que cai para R$ 5,12 se levado em conta o bônus de subscrição de 15% para estimular a participação dos atuais acionistas. O valor da primeira tranche de aumento de capital ficará entre R$ 134 milhões e R$ 158 milhões.
De acordo com a fonte, o preço por ação na segunda tranche tende a ser também de R$ 6,02, e o mais provável é que também haja bônus de capital para incentivar a integralização.
A Gafisa tem conversado com os atuais acionistas e com novos investidores nos mercados interno e externo sobre a capitalização, segundo o Valor apurou. Conforme fonte, o investidor Nelson Tanure assegurou que subscreverá as sobras não exercidas pelos acionistas atuais na primeira tranche da operação.
Segundo Portella, os minoritários têm indicado intenção de exercício de direito de preferência no primeiro aumento de capital. “Com a capitalização, esperamos injeção de recursos para cumprir com as obrigações de entrega dos empreendimentos”, diz o executivo. Problemas de caixa levaram à redução do ritmo de obras da incorporadora.
Planner e Planner Redwood são as maiores acionistas da Gafisa, com participação total de 18,55%.
