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27/05/2019

Gafisa faz 1ª tranche de aumento de capital

Nesta semana, o conselho de administração dará início ao processo da segunda tranche de aumento de capital da companhia, até o limite do capital autorizado, de 120 milhões de papéis

O direito de preferência na subscrição de papéis da Gafisa na primeira tranche do aumento de capital da companhia foi exercido por 46% dos acionistas, segundo o presidente, Roberto Portella, informou ao Valor. Cerca de 1.700 acionistas participaram da subscrição. A Planner Corretora e o investidor Nelson Tanure exerceram a totalidade dos respectivos direitos de preferência.

O primeiro aumento de capital deve ficar entre R$ 130 milhões e R$ 134 milhões, considerando-se a emissão de 26.273.962 ações. O preço de referência da emissão é de R$ 6,02, valor que cai para R$ 5,12, considerando-se o bônus de subscrição de 15%, e para R$ 4,96, com o adicional de 3% na subscrição das sobras.

Na sexta-feira, recursos de R$ 62,3 milhões do exercício de direito de preferência entraram no caixa da Gafisa. "Nossa expectativa era que essa subscrição ficasse na faixa de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões", conta Portella. A subscrição das sobras ocorrerá de 30 de maio a 14 de junho.

Nesta semana, o conselho de administração dará início ao processo da segunda tranche de aumento de capital da companhia, até o limite do capital autorizado, de 120 milhões de papéis. O limite atual é de 71.031.876 ações.

No fim de março, a Gafisa tinha alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 161,8%, uma das maiores entre as incorporadoras de capital aberto. A companhia está iniciando negociações com os bancos credores - Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú BBA e Santander. "As conversas têm evoluído de maneira bastante satisfatórias", afirma o executivo.

Segundo Portella, das 13 obras em curso da incorporadora, cinco estão no prazo previsto e oito, mais lentas. "O ritmo mais lento é consequência da paralisação feita pela administração anterior", afirma. Segundo o executivo, as obras foram retomadas há dois meses, com a entrada da nova gestão. O presidente da Gafisa acrescentou que todos os empreendimentos serão entregues dentro do período de carência de até seis meses depois da data prevista.

FONTE: VALOR ECONôMICO