A Gafisa reduziu seu prejuízo líquido em 20%, no quarto trimestre de 2018, para R$ 297 milhões. A receita líquida cresceu 44%, para R$ 192,9 milhões. A margem bruta ficou negativa em 15,4% no quarto trimestre.
O resultado teve impacto negativo de R$ 276 milhões de "impairments" (baixas contábeis) em valores de terrenos e estoques, de ágio de remensuração de investimentos na Alphaville Urbanismo e reversão de provisões, entre outros ajustes.
A Gafisa registrou outras despesas operacionais no valor de R$ 251,4 milhões, com alta de 67% ante o quarto trimestre de 2017. Do total, R$ 112,8 milhões resultaram de "impairment" do ágio da remensuração da parcela do investimento de 30% em Alphaville e R$ 127,7 milhões, de despesas com demandas judiciais. Essas despesas cresceram 175%.
No fechamento do ano passado, a Gafisa tinha dívida total de R$ 889,4 milhões. A alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido ficou em 153%, ante 87,8% no fim de setembro. O endividamento foi impactado pelo prejuízo e pelas baixas contábeis, de acordo com a Gafisa. A companhia está avaliando opções para readequar sua estrutura de capital.
A Gafisa gerou caixa de R$ 13,7 milhões no quarto trimestre de 2018. Segundo a companhia, isso resultou do maior controle de gastos no período.
Alphaville Urbanismo – A Alphaville Urbanismo, loteadora da qual a Gafisa possui 30% de participação, reduziu seu prejuízo líquido em 37% no quarto trimestre, na comparação anual, para R$ 222 milhões. A receita líquida teve queda de 29%, para R$ 32 milhões.
A Gafisa informou que descontinuou o reconhecimento de sua participação em perdas futuras de Alphaville após reduzir a zero o saldo contábil de seus 30% no capital da empresa de urbanismo.
