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09/04/2020

Gestores de fundos imobiliários estudam abrir a porta para novas ofertas

Algumas gestoras de fundos imobiliários começaram a tatear o mercado e podem surpreender com o lançamento de novas ofertas já nas próximas semanas

Algumas gestoras de fundos imobiliários começaram a tatear o mercado e podem surpreender com o lançamento de novas ofertas já nas próximas semanas. No momento, a leitura é de que a volatilidade, ainda alta por conta da crise trazida pelo Covid-19, precisa cair para que um protocolo de oferta seja realizado. Apesar de o preço das cotas dos fundos listados ter caído muito, os últimos dias do pregão, mais calmos, podem começar a abrir uma janela.

 

Querida dos pequenos. As ofertas contudo estão sendo desenhadas diferentemente das últimas, quando o mercado estava muito aquecido. Durante os últimos anos, os fundos imobiliários viraram destino dos investimentos de milhares de pessoas físicas, que começaram a buscar mais rentabilidade no mercado de capitais, à medida que os juros começaram a cair.

 

Agora para grandes. Dessa vez a ideia é fazer ofertas restritas, reguladas pela instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ou seja, destinada apenas a grandes investidores. O objetivo é atrair os fundos de pensão e outros institucionais, que no momento de elevada demanda não conseguiram tíquetes mais altos nessas ofertas por conta do grande rateio. Para os fundos que tiverem sucesso na empreitada, haverá mais dinheiro no caixa para irem às compras, em um momento de ativos depreciados pela crise.

 

Não deu. Esse possível retorno das ofertas ocorrerá, se concretizado, logo depois do derretimento do valor das cotas desses fundos em meio à crise do coronavírus, que atrapalhou os planos de captação de um total de R$ 3,5 bilhões por 11 fundos que planejavam estrear na bolsa ou aumentar de tamanho. Desde meados de março, cinco ofertas foram canceladas, duas foram suspensas e quatro estenderam os prazos para conclusão, de acordo com levantamento feito pelo site Ticker11, que monitora emissões do setor.

FONTE: ESTADO DE S. PAULO