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20/10/2022

IGMI-R/ABECIP: Apresenta aceleração no crescimento, apesar da queda nas variações acumuladas em todas as capitais analisadas

Apesar de registrar aceleração na variação mensal em setembro em relação a agosto (1,36% ante 1,32%), a trajetória da variação acumulada em 12 meses do IGMI-R/ABECIP manteve a tendência de queda dos meses anteriores, passando de 15,14% em agosto para 14,68% em setembro

Apesar de registrar aceleração na variação mensal em setembro em relação a agosto (1,36% ante 1,32%), a trajetória da variação acumulada em 12 meses do IGMI-R/ABECIP manteve a tendência de queda dos meses anteriores, passando de 15,14% em agosto para 14,68% em setembro.

Essa tendência de desaceleração é reproduzida para a média nacional, em termos das variações acumuladas nos três primeiros trimestres de 2022, sempre tendo como base de comparação os trimestres equivalentes de 2021, como mostra a tabela acima. No que diz respeito ao comportamento das capitais nesses trimestres, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia formam um grupo caracterizado por uma desaceleração no terceiro trimestre de 2022, porém apresentando um nível ainda superior ao da média nacional. Já Belo Horizonte, Fortaleza e Recife descrevem a trajetória contrária, sendo que a aceleração no terceiro trimestre indica uma recuperação que aproxima seus valores acumulados aos das demais capitais, ainda que lentamente, principalmente no caso de Recife. Finalmente, Brasília, Curitiba e Salvador destacam-se ao apresentar aceleração no terceiro trimestre, colocando as variações acumuladas acima da média nacional.

De forma geral, tanto nos casos de acelerações quanto desacelerações nas variações acumuladas no terceiro trimestre e nos últimos 12 meses, os resultados ainda apontam ganhos reais para os preços dos imóveis residenciais, considerando os três meses consecutivos de deflação registrada pelo IPCA/IBGE.

As expectativas dos empresários do setor foram atualizadas de forma significativamente positiva em setembro, tal como captadas por diferentes quesitos da Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV. O gráfico abaixo mostra que tanto a demanda prevista para os próximos três meses, quanto a situação geral dos negócios para os próximos seis meses, sofreram revisões que colocaram os indicadores acima do nível neutro de 100 pontos, refletindo otimismo por parte dos empresários.

 

Alguns fatores importantes colaboraram para esse otimismo, entre eles a indicação do término do processo de aumentos na taxa de juros básica, o recuo da inflação, a retomada do nível de atividades com reflexos na recomposição da massa salarial, e a redução das pressões dos custos ligados aos insumos da produção. Esse contexto deve assegurar a manutenção dos valores reais dos imóveis residenciais nos próximos meses, na medida em que a tendência de desaceleração nas variações nominais de seus preços parece acompanhar um arrefecimento das pressões inflacionárias de forma geral no Brasil. 

FONTE: ABECIP