O IGMI-R/ABECIP variou 1,73% em outubro, após ter subido 1,36% em setembro, o que possibilitou uma ligeira reversão na tendência de queda do resultado acumulado em 12 meses. Após seis resultados de queda consecutiva, o acumulado em 12 meses havia registrado 14,68% em setembro, e subiu para 14,90% em outubro.
Em termos reais, essa reversão representou um ganho ainda maior, na medida em que o fim do período de três meses em que o IPCA apresentou deflação não foi suficiente para reverter a tendência de queda das variações acumuladas em 12 meses, apenas torná-la menos intensa, como mostra o gráfico abaixo.
Excetuando Recife e Brasília, as demais oito capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP também apresentaram crescimento na perspectiva das variações nominais acumuladas em 12 meses. Enquanto Brasília ainda apresenta um resultado acima da média nacional (15,77% contra 14,90%), Recife é a única entre as capitais registrando uma variação acumulada em doze meses abaixo de dois dígitos (8,58%). Belo Horizonte, Fortaleza e Porto Alegre mantém a tendência de convergência para a média nacional, ainda dentro da perspectiva dos resultados nominais acumulados em 12 meses.
O sentimento dos empresários do setor de construção civil residencial, captado pela Sondagem da Construção do IBRE/FGV, aponta em sua última leitura (outubro de 2022) para uma situação favorável do mercado, registrando o terceiro mês consecutivo de variações positivas no Índice da Situação Atual.
Na mesma pesquisa o sentimento em relação aos próximos meses, traduzidas no Índice de expectativas, oscilou negativamente em outubro. Esse resultado parece já incorporar indicadores que apontam para uma desaceleração do nível de atividade da economia brasileira nos últimos meses de 2022, onde os efeitos defasados da política monetária começam a ficar mais evidentes. No entanto, esse resultado isolado ainda não constitui uma tendência que pode implicar em desaceleração significativa das variações nos preços dos imóveis residenciais. Com o provável final do ciclo de aumento nas taxas de juros e o recuo nos índices de inflação do país, os preços dos imóveis residenciais tendem a pelo menos acompanhar esses indicadores gerais de preços, mantendo seus valores reais.