O IGMI-R/ABECIP variou 1,16% em julho (ante 1,29% no mês anterior), registrando o quarto mês consecutivo de desaceleração no resultado acumulado em 12 meses, passando de 16,42% em junho para 15,61%.
Essa desaceleração no resultado acumulado em 12 meses nos preços dos imóveis residenciais não foi acompanhada de uma desaceleração em termos reais, considerando a queda relativamente mais acentuada do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA/IBGE) no período, como pode ser visto no gráfico abaixo.
Em relação às dez capitais analisadas pelo IGMI-R, as variações nominais dos preços dos imóveis residenciais foram todas positivas em julho, sendo que as variações acumuladas em 12 meses mostraram aceleração em Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Brasília. Dentre essas, Brasília se destaca pela variação de 17,06%, acima da média nacional no período (15,61%). As outras três, apesar de ainda abaixo da média nacional, parecem iniciar uma tendência de convergência para esta, ainda que lenta, como pode ser visto no gráfico abaixo.
Dentre as capitais com desempenho abaixo da média nacional, ainda sob a perspectiva dos resultados nominais acumulados em 12 meses, apenas Porto Alegre mostrou desaceleração no período, passando de 13,30% em junho para 12,78% em julho.
As perspectivas para os preços dos imóveis residências continuam sem tendência clara para o restante do ano. Conforme pode ser visto no gráfico abaixo, a percepção dos empresários do setor de Edificações Residenciais, captada pela Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV, ainda oscila sem direção definida desde o início do ano, sendo que o quesito Demanda Prevista para os próximos 3 meses teve desaceleração em julho, enquanto o quesito Tendência dos Negócios para os próximos 6 meses teve mostrou variação positiva.