Após uma elevação de 1,25% em dezembro, O IGMI-R/ABECIP desacelerou para 0,86% no primeiro mês de 2022. Apesar desse resultado, a variação acumulada em 12 meses aumentou ligeiramente entre os dois períodos, de 16,25% para 16,77%.
Todas as dez capitais analisadas apresentaram variações positivas em janeiro. Em termos das variações acumuladas em 12 meses, assim como no caso da média nacional todas as capitais menos São Paulo mostraram aceleração dos resultados. No caso de São Paulo, houve praticamente uma estabilidade na variação acumulada em 12 meses (de 21,09% em dezembro para 21,05% em janeiro), mas esse resultado ainda mantém o destaque positivo entre as demais capitais.
As perspectivas do setor imobiliário residencial para os próximos meses, tais como avaliadas pelo sentimento dos empresários captado pela Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV, continuam refletindo um cenário de incertezas. O item Evolução Recente da Atividade oscilou positivamente pelo segundo mês consecutivo em janeiro, mas ficando ainda abaixo do nível anterior à queda expressiva de novembro de 2021. Por sua vez, o item Tendência dos Negócios, que também havia registrado queda significativa em novembro de 2021, voltou a oscilar negativamente em janeiro.
Da mesma forma, o item Demanda Prevista também oscilou negativamente em janeiro, estabelecendo nos últimos meses um comportamento volátil em torno de uma tendência de queda.
As variações dos valores dos imóveis residenciais de sete entre as dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP em janeiro ainda mostram ganhos reais no primeiro mês de 2022. A evolução desses valores ao longo do ano continua sujeita a um cenário de incertezas, dada a dinâmica do nível de atividade econômica, da política monetária voltada para o combate da inflação e a massa de rendimentos reais que ainda não apresenta reação significativa.