Notícias

24/05/2023

IGMI-R ABECIP registra desaceleração nos últimos seis meses

A variação de 0,46% do IMGI-R/ABECIP em abril marcou o sexto mês consecutivo de desaceleração do indicador, cuja variação acumulada em 12 meses por sua parte desacelerou pelo quinto mês seguido, passando de 14,27% em março para 13,58% em abril

A variação de 0,46% do IMGI-R/ABECIP em abril marcou o sexto mês consecutivo de desaceleração do indicador, cuja variação acumulada em 12 meses por sua parte desacelerou pelo quinto mês seguido, passando de 14,27% em março para 13,58% em abril.

Esse resultado agregado não foi homogêneo entre as dez capitais analisadas: enquanto São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre mostraram desacelerações nos preços de seus imóveis residenciais, Belo Horizonte, Recife, Curitiba, Salvador, Goiânia e Brasília tiveram em abril variações nesses preços acima das registradas em março. No entanto, na perspectiva da variação acumulada em 12 meses apenas Recife mostrou aceleração entre abril e maio.

O gráfico abaixo mostra a evolução das variações acumuladas em 12 meses, o que permite verificar que a dispersão entre os resultados regionais iniciada em 2020 foi revertida ao longo dos últimos meses, em uma convergência na direção de resultados entre cerca de 11% em 14% na última leitura.

Deve-se notar que na medida em que diferentes índices de preços, tanto ao consumidor quanto no atacado e de insumos de produção, vêm registrando tendência de desaceleração nos últimos meses, essa desaceleração dos preços nominais dos imóveis residenciais ainda não implica desvalorização em termos reais. Resultados recentes apontando para resiliência do nível de atividades da economia brasileira nesses primeiros meses de 2023, assim como do mercado de trabalho, vão ao encontro à manutenção do ritmo dos valores reais dos imóveis residenciais nos últimos meses.

Nesse contexto, a avaliação dos empresários do setor de acordo com a Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV, em relação aos quesitos Tendência dos Negócios para os próximos 6 meses, e Demanda Prevista, oscilou positivamente no último mês. O gráfico abaixo permite ponderar essa oscilação positiva na margem por dois elementos importantes, a volatilidade dos últimos resultados e o nível dos indicadores na série histórica:

A volatilidade mencionada acima ainda não permite caracterizar os últimos resultados como parte de uma tendência de recuperação robusta, a partir de um nível dos indicadores que ainda não recuperou o pico registrado antes do início da pandemia em 2020.

 

Ao longo dos próximos meses, a evolução dos preços dos imóveis residenciais no Brasil deverá continuar condicionada às definições de estratégias de ajuste fiscal e seus efeitos sobre as condições de financiamento em geral.

FONTE: ABECIP