A variação do IGMI-R/ABECIP voltou a desacelerar em novembro, registrando 1,12% ante 1,54% em outubro. Apesar disso, o resultado acumulado em 12 meses cresceu pelo sétimo mês consecutivo (15,76% em novembro contra 15,05% em outubro).
Essa aceleração da taxa de variação acumulada em 12 meses foi observada para as 10 capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP, porém com dispersão significativa entre elas. Enquanto São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília registraram variações reais nos preços de seus imóveis residenciais, tomando como base o IPCA/IBGE acumulado durante os mesmos 12 meses, Salvador e Goiânia tiveram variações reais praticamente nulas, enquanto Belo Horizonte, Fortaleza e Recife apresentaram variações inferiores à do IPCA/IBGE.
As últimas informações relativas às percepções dos empresários do setor de edificações residenciais, refletidas na Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV, mostram em novembro quedas tanto no Índice de Situação Atual quanto no Índice de Expectativas, conforme pode ser visto no gráfico abaixo.
A queda no Índice de Expectativas da Sondagem da Construção Civil em novembro é explicada pelas quedas dos componentes relativos à Demanda Prevista (para os próximos três meses) e Tendência Geral dos Negócios (para os próximos seis meses).
A perspectiva de continuidade de aumentos nas taxas de juros, no contexto de preocupações com a dinâmica do quadro fiscal e fraca recuperação do mercado de trabalho, resulta em um cenário menos favorável para investimentos em geral nos próximos meses. Em particular, uma desaceleração no ritmo de financiamento de imóveis residenciais pode reduzir a demanda e suavizar o ritmo de elevações dos preços do setor.